Reinicia, próxima semana, o transporte de mercadorias por via ferroviária, entre as cidades de Nacala-porto, Nampula, Cuamba e Lichinga, no âmbito de um entendimento alcançado entre o Governo, agentes económicos e o Corredor de Desenvolvimento do Norte (CDN).
A informação foi avançada, ontem, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, num comício popular que orientou em Malémia, distrito de Sanga, e que marcou o início da visita de trabalho de três dias a Niassa. “A partir do dia 16, o comboio de mercadorias vai chegar a Lichinga, praticando, numa primeira fase, preços bonificados. Isto vai facilitar muita coisa, incluindo a comercialização da produção interna a baixo custo”, afirmou Nyusi, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).
a circulação de comboios transportando carga, na linha que parte de Nacala-porto para Lichinga, havia sido interrompida devido aos preços altos praticados pelo Corredor de Desenvolvimento do Norte (CDN), o que levou os agentes económicos a apostar no transporte rodoviário, que, apesar de oneroso – devido ao mau estado das vias, principalmente entre Cuamba e Lichinga -, se mostrava mais viável. é que, na via ferroviária, o CDN cobrava por tonelada de carga cerca de 75,53 dólares americanos, no percurso entre o porto de Nacala, em Nampula, e a cidade de Lichinga, a capital provincial de Niassa, numa extensão de cerca de 795 quilómetros. Actualmente, o preço está fixado em 47,54 dólares por cada tonelada de carga.
PR indignado com agricultores que vendem comida para Malawi e Tanzania
O Presidente da República manifestou o seu desagrado com o facto de a província do Niassa continuar a colocar os excedentes agrícolas no Malawi e na Tanzânia, mesmo com algumas regiões em Moçambique a enfrentarem necessidades alimentares. “A produção agrícola não deve ser toda ela vendida fora, mas sim comercializada dentro do país, para que a abundância que se regista nesta região do norte de Moçambique também se faça sentir à escala nacional, incluindo o sul do país, que poderá enfrentar escassez de chuvas”, disse Nyusi, ainda no comício que orientou no povoado de Malémia. Para hoje, segundo dia da visita de Nyusi a Niassa, o Presidente da República lança a primeira pedra para a construção da estrada N13, entre Cuamba e Lichinga.