O País – A verdade como notícia

Restrições no fornecimento de ­água estendem-se à quadra festiva

As restrições no fornecimento de água vai continuar na região do grande Maputo. As altas temperaturas que se registam nos últimos dias afectaram as reservas de água na região.

O problema de restrições vem se alastrando desde 2017 e a expectativa era que o mesmo ficasse resolvido este ano, mas de lá até cá nada mudou! Aliás, algo mudou sim! As modalidades das restrições, ou seja, ao invés de se alternar os dias em que a água devia sair nas e região de Maputo, esta passou a sair todos, mas em horas definidas.

Já a cinco dias do natal, a empresa Águas da Região de Maputo, convocou a imprensa para anunciar que as medidas restritivas no fornecimento deste líquido precioso vão continuar durante a quadra festiva. Ou seja, só haverá água no período compreendido entre 03 e 09 horas da manhã.

“Mas não são todas as zonas que vão receber neste período, mas o sistema arranca neste período. O que acontece é que algumas casas estão próximas da rede principal enquanto as outras estão um pouco afastadas. No entanto 09H00 para a distribuição porque a fonte já não tem água e temos que começar a garantir reservas para o dia seguinte”, revelou Gildo Timóteo, Administrador Águas da Região de Maputo.

Contribuem para estas limitações, as altas temperaturas que se registaram nos últimos na cidade de Maputo e prov­íncia de Maputo e a seca que assola a região austral de África, mas não só.

“Outro fenómeno que temos estado a registar é que alguns malfeitores vão à rede cavam e cortam o tubo geral para tirar a água nesse ponto e, fazendo isso, a água já não passa para os clientes que estão depois deste ponto que houve vandalização. Então isto também é um desafio que vem agravar a situação da seca de que estamos a falar”, referiu Gildo Timóteo.

Devido às restrições, alguns clientes da empresa apostam em construir mais reservatórios de água, o que torna o líquido ainda mais escasso. Por isso, a empresa Águas da Região de Maputo apela para o uso racional da água.

Restrições no fornecimento de água vs cobranças

Uma das questões que não ficou de lado é a reclamação dos clientes que dá conta de que pagam, mensalmente, valores que, por vezes são elevados sem, no entanto ter acesso à água.

O Administrador da empresa não nega nem confirma essas situações e esclarece que, uma vez celebrado o contrato com o cliente, o sistema está preparado para emitir facturas facto que só acontece mediante o consumo deste líquido precioso.

“Quero dizer que, se não sai água e o analista passa por uma determinada casa, faz a leitura do contador e introduz no sistema, ele vai emitir uma factura com o consumo e este tem que ser pago. Porém, o que pode acontecer é que o cliente pode ter tido água duas ou três vezes num mês e ele diz que não recebeu água porque ele está a olhar a média de 30 dias e vê que recebeu poucos dias então chega à conclusão de que não recebeu água”, explicou.  

O nosso interlocutor esclarece que se não houve consumo, o cliente não terá de pagar pela água. Aliás, nestas circunstâncias, o que ele paga são as taxas de serviço que existem e são do seu conhecimento. Até porque, “na altura da celebração do contrato, ele aceitou que pagaria estas taxas independentemente de ter ou não usado a água. Nós já recebemos alguns que já recebemos alguns problemas confirmados em uma das regiões e cancelámos os contratos para evitar que sejam emitidas as facturas”.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos