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Residentes no Chimoio preparam casas para escapar do “Chalane”

Alguns munícipes que vivem em zonas baixas e propensas a inundações na cidade de Chimoio, em Manica, contaram ao “O País” que têm conhecimento sobre a aproximação da tempestade tropical “Chalane”. Segundo os mesmos, estão a preparar as suas casas para que os danos originados pelo fenómeno sejam menores.

Algumas famílias interpeladas pela nossa reportagem são as que no passado dependeram de terceiros para sobreviver, porque as suas habitações desabaram e perderam campos de produção agrícola devido a chuvas e ventos fortes.

Todavia, apesar de estarem cientes do perigo que correm nas zonas consideradas de maior risco a calamidades naturais, onde se encontram, os citadinos de Chimoio alegam não ter outros locais para levar a vida.

Augusto Jossias é secretário do bairro Manhoso e vive numa casa de construção precária. Revelou estar ciente do fenómeno anunciado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) e que pode devastar a cidade de Chimoio. Por isso encontrámo-lo empenhado em reforçar as coberturas das casas com pedras por cima, tudo na tentativa de garantir que o vento não crie danos.

“O que sei é que o ciclone é um fenómeno que devasta culturas, mata pessoas e provoca muita destruição”, disse Augusto Jossias, avançando que colocava pedras sobre o tecto para que “não seja levado pela ventania”.

Ainda no mesmo bairro, a nossa reportagem encontrou um grupo de jovens empenhados na melhoria da via de acesso que dá a zona, a qual ficou danificada por conta das chuvas que caíram nas últimas duas semanas. O que não sabem é que o seu esforço pode ser reduzido a nada, caso a tempestade da “Chalane” atinja a cidade de Chimoio.

“Estamos a reparar a via porque os carros ligeiros passam muito mal”, disseram, revelando um desconhecimento sobre a aproximação da depressão tropical “Chalane”.

Entretanto, o director geral adjunto do INGC se encontra a trabalhar na província de Manica, para ver in loco os níveis de prontidão do órgão para fazer face ao fenómeno.

Na manhã desta terça-feira, o Comité Operativo de Emergência em Manica reuniu e deixou algumas recomendações, tais como a sensibilização das pessoas para evitar pânico e dirigirem-se às zonas seguras.

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