O Governo necessita de 23 milhões de meticais (cerca de USD 376 mil) para a reposição definitiva da ponte-cais na travessia Maxixe-Inhambane, destruída em Fevereiro último pelo ciclone Dineo.
Actualmente, a travessia é feita a partir de uma ponte-cais provisória, do lado da Maxixe, construída com base em material não convencional, que não oferece condições de segurança para a atracagem de grandes embarcações.
Falando, ontem, em Maputo, durante a abertura do IV fórum Nacional de Antevisão Climática (FNAC), o ministro dos transportes e comunicações, Carlos Mesquita, disse que o Governo já investiu cerca de dois milhões de meticais nas obras de emergência, que permitiram a criação de condições básicas de segurança na travessia.
“No sector dos transportes e comunicações, o ciclone Dineo causou danos nefastos a diversas infra-estruturas, algumas das quais ainda continuamos a mobilizar recursos para a respectiva reposição. A título de exemplo, a travessia Maxixe-Inhambane continua a ser feita de forma condicionada, desde a destruição da ponte-cais da Maxixe”, disse o ministro, citado pela Agência de Informação de Moçambique.
A ponte-cais que garante a travessia de passageiros entre Maxixe e Inhambane desabou em Fevereiro desde ano, quando o ciclone Dineo devastou a província de Inhambane. Como consequência, os barcos não podem atracar naquele local, o que faz com que os utentes tenham que enfrentar diversos constrangimentos. De modo a que não encalhem, os barcos ficam a mais ou menos um metro da terra firme e alguns jovens encontraram nesta situação uma oportunidade de ganhar dinheiro, através do uso da sua força física para carregar os passageiros do barco para terra firme.
Ao todo, o cliclone Dineo danificou 1 687 salas de aula, prejudicando um total de 160 000 alunos e 5 500 professores; na saúde, 70 unidades sanitárias foram destruídas, em doze distritos.