O jornalista desportivo, Henrique Aly, considera que a continuidade de Chiquinho Conde no comando técnico dos Mambas vai permitir que ele continue com o processo de revitalização da selecção que tem estado a fazer.
Entende ainda que a notícia da manifestação de interesse da Federação Moçambicana de Futebol (FMF) na continuidade do seleccionador nacional vai acabar com a onda de especulações em torno do assunto.
Para o Henrique Aly, é importante que as pessoas percebam que este processo é complicado e justifica que, há nalgum momento, uma guerra de egos entre Chiquinho Conde e Feizal Sidat, que atingiu níveis indesejáveis.
“Espero sinceramente que esta renovação ou esta manifestação de interesse por parte da federação não tenha a ver com quaisquer pressões extra futebol. Espero, igualmente, que se não for possível emendar-se a relação pessoal entre Feizal Sidat, presidente da FMF e Chiquinho Conde, seleccionador nacional, no mínimo seja possível que haja uma relação de cordialidade”, anota.
Segundo explica, essa relação de cordialidade implica que haja respeito mútuo e que, acima de tudo, haja consideração de parte a parte, até porque ambos estão directamente ligados ao mesmo organismo, um como funcionário e outro como presidente.
“Espero que o balneário esteja com Chiquinho Conde. Espero ainda que não haja qualquer tipo de manipulação dos atletas e de outros agentes envolvidos nos processos de gestão da selecção nacional, de modo a que tudo continue a correr bem”.
Henrique alerta que não se pode ter a ilusão de que de repente Moçambique vai tornar-se na selecção mais forte do mundo e que se vai qualificar para o mundial e chegará lá para fazer um brilharete.
“Temos de ter calma. São processos que precisam de observar e respeitar várias etapas. Nesse sentido, penso que devemos continuar todos juntos em prol da selecção priorizando o interesse nacional acima de quaisquer interesses individuais”, augura.
Já Miguel Vaz, alerta que caso a renovação se efective e olhando para os antecedentes que norteiaram o processo, pode haver espaço para um relacionamento de hipocrisia entre Chiquinho Conde e Feizal Sidat.
“É possível que haja uma relação que nos vai parecer a nós os outros que está tudo bem quando efectivamente não”, diz Vaz, que explica que esse facto pode ter implicações desabonatórias para as duas partes.
“Se por ventura os resultados não aparecerem haverá uma parte a apontar o dedo a outra. Ora, não sei se será para culpabilzar ou responsabilizar. Os bons resultados vão continuar a fazer com que pareça que o ambiente é bom e os maus resultados vão fazer o contrário”, explica Vaz.
Diante da situação, entende que as duas partes devem trabalhar para o bem do futebol e não para alimentarem os seus egos.