Renamo queixa-se de uso excessivo da força pela Polícia e detenções ilegais dos seus membros. O partido diz que o Presidente da República é o responsável pela violência durante as marchas.
De acordo com a Renamo, os casos mais recentes de uso excessivo da força contra os seus membros e simpatizantes terão ocorrido esta quinta-feira, na Cidade de Nampula, e na Maganja da Costa, província da Zambézia, em mais uma marcha de contestação aos resultados das eleições autárquicas.
“Dos factos, reporta-se que um agente do GOI se terá infiltrado à paisana e armado na marcha do partido Renamo, na cidade de Nampula. Uma vez neutralizado e sem esclarecer as razões da sua infiltração, outros agentes invadiram as instalações da Delegação Política Provincial com gás lacrimogéneo e disparos contra membros da Renamo, numa afronta ao princípio da proporcionalidade e das regras básicas do funcionamentos de uma polícia que se pretende republicana e apartidária”, disse José Manteigas, porta-voz do partido.
A Renamo diz ainda haver uma vontade expressa da Polícia de matar os seus membros, além de detenções ilegais.
Para o porta-voz do maior partido da oposição no país, tais actos revelam desrespeito pela integridade física e violação de direitos humanos.
“Os agentes da Polícia destacados nas zonas Centro e Norte parecem ter ordem para reprimir, torturar e matar cidadãos naquelas zonas. Estas ordens são um sinal claro de que o Governo do dia considera os cidadãos como de segunda, sem direito à vida, à integridade física e outros direitos fundamentais”.
José Manteigas falava esta quinta-feira, em conferência de imprensa, onde apontou igualmente que o Presidente da República é o responsável pela violência contra os membros do partido durante as últimas manifestações.