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Renamo insiste na realização de eleições distritais em 2024

O presidente da Renamo diz que a redução do período para a convocação de eleições, de 18 para 14 meses, é uma estratégia da Frelimo para impor um terceiro mandato a Filipe Nyusi. Ossufo Momade insiste que as eleições distritais de 2024 devem ser realizadas de acordo com o que está estabelecido na Constituição da República.

O maior partido da oposição chamou a imprensa, esta segunda-feira, para falar sobre as eleições distritais. Na ocasião, Ossufo Momade acusou a Frelimo de tentar alterar a ordem jurídica com a recente aprovação de redução do período para a convocação das eleições, de 18 para 14 meses.

“O Regime do dia não poupa esforços para transformar Moçambique, em  sua  ‘coisa’, sua propriedade, por isso, não hesita em mudar a ordem jurídica implantada no  nosso Estado. É assim que,  no dia 28 do passado mês de Março, a bancada parlamentar da Frelimo alterou o período da convocação das eleições, como forma de impedir a realização das eleições distritais previstas na Constituição da República para 2024 e uma tentativa de impor um terceiro mandato do senhor Filipe Nyusi, o que é manifestamente inconstitucional e autêntica arrogância política”, disse Ossufo Momade.

A Renamo considera que a não realizar as eleições distritais, próximo ano, é ir contra o entendimento entre Afonso Dhlakama e o Presidente da República sobre a matéria.

“Negar a realização das eleições distritais é não respeitar a memória do Presidente Afonso Macacho Marceta Dhlakama, com quem Filipe Nyusi teve entendimentos, aceitando  a realização das primeiras eleições distritais como instrumento de consolidação do processo de descentralização.”

Sobre a presidência de Moçambique no Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Março, Ossufo Momade entende que o Presidente da República faltou à verdade.

“É ridículo e duvidoso que o Governo propale a imagem de um Moçambique que se assemelha a um paraíso na terra quando o mesmo Governo pauta por intolerância brutal e considera os cidadãos como seus inimigos a ser abatidos a qualquer preço. O nosso entendimento é que o Presidente da República deve redimir-se perante os moçambicanos por ter falseado e branqueado a realidade sociopolítica e económica do país, num órgão de tão grande prestígio, como as Nações Unidas.”

Ossufo Momade disse ainda que a paz e reconciliação continuam frágeis, devido, em parte, à má actuação das forças da lei e ordem.

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