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Renamo diz que subida de preços de combustível é maquiavélica

A Renamo condena e repudia a subida dos preços de combustível e das taxas cobradas pelo Município de Maputo, para permissão de volume alto em festas caseiras e em grandes eventos.

Para o maior partido da oposição, trata-se de uma subida demagógica e maquiavélica pois para o caso dos combustíveis, não se justifica o aumento do preço do produto sob a justificação da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, quando o mesmo já tinha sido comprado e estava no país, antes do conflito.

José Manteigas, porta-voz do partido, diz que esta é uma subida “abrupta e inoportuna” que só vem agravar o custo de vida dos moçambicanos, que já sofrem para além do preço do transporte com a subida de outros bens e produtos de primeira necessidade.

“Como se explica que logo que se anuncia a oscilação de preços dos combustíveis no mercado internacional, no dia seguinte, o Governo da Frelimo agrava os preços dos mesmos e em consequência os produtos de primeira necessidade?”, questionou Manteigas.

A fonte indagou ainda sobre os beneficiários do gás de Pande, na Província de Inhambane, que segundo acredita dá lucros milionários a alguns membros do partido no poder e aos estrangeiros.

Para a Renamo, a decisão do aumento do preço dos combustíveis é resultado da ausência de humanismo.

“Os preços forçados pelo Governo estão revestidos de uma autêntica injustiça social”, disse para depois acrescentar que “o regime apresenta-se apenas pelo lucro e assalto constante ao bolso do cidadão que de forma sistemática, recorrente e impotente é diariamente asfixiado pelos abutres gananciosos”.

José Manteigas refere ainda que o mais agravante é facto de o Governo um dias antes ao agravamento do preço anunciou o alívio de taxas para os operadores do sector, o que para o seu partido foi uma encenação com o objectivo de enganar a opinião pública, sobretudo os descuidados, pois não passa de “um esquema de autêntica extorsão dos cidadãos”.

Sobre as taxas municipais atinentes à poluição sonora, que desde o princípio desta semana geram agastamento, a Renamo também questionou “que bem ou serviços o município oferece ao cidadão pela realização do evento no seu quintal?”

Para o partido as decisões só colocam em causa o bem-estar da população moçambicana e, por isso, exige que o Governo reveja as suas posições em salvaguarda da vida e do interesse do povo.

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