O partido Renamo convocou a imprensa esta quinta-feira para reagir aos resultados preliminares da repetição da votação nas autarquias de Gurué, Milange, Nacala Porto e Marromeu, no âmbito das eleições autárquicas.
Para a perdiz não restam dúvidas de que tal como na votação de 11 de Outubro, houve manipulação a favor do partido Frelimo.
“Infelizmente, para o arrepio da lei e dos moçambicanos, os mesmos infractores foram mantidos nas suas funções e em consequência foram registados vários ilícitos e actos mais cruéis. Estes actos representam um autêntico aniquilamento da democracia e negação da paz”, explicou a secretária-geral do partido, Clementina Bomba.
A Renamo disse ainda que as perseguições e detenções dos seus membros e simpatizantes tem se intensificado, e no dia da votação, 10 de Dezembro, não foi diferente pois “na autarquia de Marromeu a PRM maltratou e prendeu sem culpa formada vários delegados de candidatura da Renamo, desviou urnas para impedir a transparência eleitoral e a produção de actas e editais”.
A actuação da polícia voltou a ser questionada pelo partido de Ossufo Momade, que acusa de em vários momentos recorrem a balas verdadeiras para intimidar cidadãos que se juntam às manifestações do partido, que visam contestar os resultados.
“No dia 12 de Dezembro, a Polícia voltou a demonstrar o seu carácter assassino ao disparar gás lacrimogêneo e balas verdadeiras contra civis indefesos que marchavam pacificamente, o que causou ferimentos graves e morte de um concidadão”.