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Refugiados moçambicanos no Malawi aguardam pelo retorno às zonas de origem

Foto: O País

Ainda não há plano para o retorno dos mais de 2500 moçambicanos deslocados no Malawi devido à tempestade tropical Ana. Contudo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação afirma que o Governo continua a prestar a assistência àquele grupo de cidadãos, cujas condições de vida pioram a cada dia.

A maior parte dos mais de 2500 moçambicanos deslocados de Morrumbala e Mutarara, na Zambézia e Tete, respectivamente, devido ao ciclone tropical Ana, continua em Malawi. Segundo fontes no local, a situação deste grupo de concidadãos está cada vez mais a deteriorar-se. Porém, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MINEC), António Macheve, disse, esta sexta-feira, que o Governo, através do INGD, continua a prestar assistência a este grupo de deslocados, e que ainda não há plano para o seu retorno às zonas de origem.

“Não posso dizer com certeza, neste momento, onde é que estão. Mas o que o Governo fez foi criar condições para assistência desses nossos compatriotas deslocados, e penso que a maioria ainda continua ainda no Malawi. Mas é algo que devemos confirmar com o INGD que é a instituição que lida directamente com os deslocados ou refugiados (já que estão fora do país, tem essa designação), e o Governo prestou toda assistência que era necessária no momento”, afirmou o porta-voz do MINEC.

Sobre a reunião magna do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Macheve falou dos avanços que a instituição alcançou entre o IX e X  Conselho Coordenador, destacando a abertura de duas frentes diplomáticas em Ruanda e Qatar, arrecadação de apoio para assistência humanitária e financeira.

“Tivemos, também, progressos importantes na atracção de investimento para o país em diversas áreas e um aspecto de realce foi a abertura de duas instituições diplomáticas, nomeadamente, o Alto-Comissariado de Moçambique em Kigali, na República do Ruanda, e a Embaixada de Moçambique no Estado de Qatar, na cidade de Doha”, concluiu Macheve.

Quanto à candidatura de Moçambique a membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o porta-voz do MINEC disse haver condições internacionalmente favoráveis para o país fazer parte daquele órgão.

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