Tende a reduzir o número de pessoas que atravessam a fronteira de Ressano Garcia para a vizinha África do Sul, num dia considerado de pico no movimento migratório, após as festividades da Páscoa.
Na maior fronteira terrestre do país regista-se pouca afluência de viajantes e os guichés andam quase vazios, depois de uma manhã caracterizada por enchentes e longas filas de espera.
Alguns viajantes apontam para os altos custos do teste da COVID-19 como sendo uma das principais causas da redução do número de viajantes na fronteira de Ressano Garcia.
“A situação está mal. Não tem movimento por causa dos testes e as pessoas não têm dinheiro para pagar o teste da COVID-19. A gora, fica mais caro a pessoa viajar para casa. Antes era fácil atravessar e ir ver a família, mas agora está difícil”, lamentou Custódio Raul, viajante.
De acordo com o Serviço Nacional de Migração (SENAMI), desde o início da “Operação Páscoa 2021” no dia 26 de Março passado, 26.769 viajantes atravessaram a fronteira. Desses, 13.975 foram de movimento de entrada e 12.794 do movimento de saída e, desde as primeiras horas até ao meio dia de hoje, 386 pessoas atravessaram para a terra do Rand.
As autoridades de saúde asseguram que tudo está acautelado com vista a evitar a importação de casos da COVID-19.
Falando ao “O País”, a médica-chefe da província de Maputo, Celestina da Conceição explicou que de 26 de Março a 04 de Abril em curso, 1.046 pessoas foram submetidas ao teste de despiste da COVID-19.
Celestina da Conceição esclareceu que o número (menor) de testes realizados na fronteira se deve ao facto de a maior parte dos migrantes já terem feito o teste nos seus respectivos países.
A médica garante não ter sido identificado nenhum caso positivo para o novo Coronavírus durante a “Operação páscoa 2021.”