O País – A verdade como notícia

Recolha de lixo continua desafio da Matola desde que é cidade há 51 anos

Foto: O País

O Município da Matola celebra, este domingo, 51 anos de elevação à categoria de cidade. No seu discurso, o presidente da autarquia revelou que está em curso a construção de 24,5 quilómetros de estradas. Calisto Cossa falou também dos desafios e avanços na recolha do lixo e inundações.

Dinis Nhaguto, veio de Zavala, província de Inhambane, e fixou-se na Matola no bairro da Liberdade há trinta anos. Nhaguto fala do seu bairro que é assolado por inundações: “Por enquanto, o bairro da Liberdade está com problemas muito sérios, por conta da água que vem de cima e o bairro está de qualquer maneira, não está como antes. O bairro da liberdade era bonito, mas agora já virou uma certa coisa que nem dá para falar aqui”.

Arlete João, também munícipe da Matola, entende que nem tudo está mal na Matola; há iniciativas que foram concretizadas, embora nem todas, visando minimizar o sofrimento da população.

“A cidade da Matola mudou um pouco, não está como antes, de lá para cá já mudou, falo em termos de estradas e transporte; daqui para a cidade, a estrada está boa e há ‘chapas’. A cidade está limpa, mas não em todos os bairros”, diz Arlete João.

Este domingo, a então vila Salazar, hoje Matola, celebrou 51 anos da sua elevação à categoria de cidade. Calisto Cossa assinalou que a edilidade construiu várias infra-estruturas com impacto na vida dos munícipes, com enfoque para estradas e alguns edifícios de utilidade pública, como é a própria sede do município, mas reconhece os desafios existentes, um dos quais a recolha diária de lixo.

“Um dos grandes desafios que nós temos continua a ser também a limpeza da nossa cidade, a Matola cresceu bastante. Dos dados que apuramos, há quatro cinco anos produzíamos 1250 toneladas de lixo por dia e, hoje, atrevo-me a dizer que produzimos acima de duas mil toneladas de lixo num só dia”, avançou Calisto Cossa, edil da Matola.

As inundações urbanas em diferentes bairros são também a outra dor de cabeça da edilidade. “O nosso objectivo número um é trazer todas as águas a montante até a jusante, digo a montante porque estamos a traçar seguindo a trajectória natural das águas desde Nkobe, Machava quilómetro 15, Sikwama, Fomento e Liberdade até a bacia de retenção da CMC; é um desafio enorme que também requer muitos recursos, mas já demos o sinal.”

A interligação entre bairros através de estradas continua na Matola com a construção em curso de 24 km de rede viária. No capítulo de arrecadação de receitas, segundo o edil, 70% das realizações são pagas por recursos próprios.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos