Os 31 corpos que se encontravam na morgue do Hospital Distrital da Manhiça, província de Maputo, em consequência do acidente de viação ocorrido a 3 de Julho corrente, já foram reclamados. A unidade sanitária diz que viveu momentos de agitação, não foi fácil gerir a situação, mas o trabalho voltou à normalidade.
O trabalho voltou à normalidade no Hospital Distrital da Manhiça, a maior unidade sanitária do distrito, mas quem passa do local do acidente, na Estrada Nacional número um (EN1), ainda vê vestígios da tragédia.
Na manhã deste sábado, o director distrital de Saúde da Manhiça disse que não foi um processo fácil gerir os corpos devido à limitação de espaço no Hospital Distrital da Manhiça.
“Neste momento o Hospital Distrital da Manhiça não tem nenhum óbito, todos corpos foram reclamados e já foram encaminhados as famílias para a realização de cerimónias fúnebres. Mesmo em termos de feridos, neste momento, não temos nenhum ferido, pois, o único que estava connosco já foi transferido ao Hospital Central de Maputo”.
Apesar de tamanha pressão registada nos dias 3, 4 e 5 do mês em curso, a unidade sanitária não registou roptura no banco sangue, uma vez que todos os sobreviventes em estado grave foram urgentemente transferidos para o Hospital Central de Maputo.
“Felizmente não tivemos roptura no banco de sangue porque os feridos permanecerão pouco tempo. E os que estiveram aqui, nesses dias, tiveram o sangue, daí que não tivemos mortes na nossa unidade sanitária. Soubemos gerir, podemos dizer que neste momento, contamos ainda com algum stock de sangue e apelamos a todos que têm capacidade de doar o líquido vital que o façam, pois estarão a salvar vidas”.
Dos dez pacientes internados no Hospital Central de Maputo, três já tiveram alta, incluindo a criança. Assim sete continuam internados e fora de perigo.