Arrancam, no segundo semestre de 2023, os trabalhos de reabilitação da Estrada Nacional Número Um (EN1). A garantia foi dada pelo ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos que revela que a primeira parte dos trabalhos será subdividida em três fases.
A bancada parlamentar da Frelimo solicitou ao Governo informações sobre os investimentos em curso e em perspectiva na área das estradas, tanto para as novas construções como para a manutenção das infra-estruturas, com destaque para a Estrada Nacional Número Um (EN1).
O ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, assegurou que o grande desafio do Governo está ultrapassado e que já há datas para o início dos trabalhos de requalificação da EN1.
“A primeira fase deve iniciar no segundo semestre de 2023 e compreenderá a reabilitação de 414 quilómetros, nos troços Inchope-Gorongosa (70 km), Gorongosa-Canha (168 Km), e Chimoara-Nicoadala (76Km). Fase 2 compreende a reabilitação de (345 Km), nos troços Rio Save-Muxungué, Muxungué-Inchope, Gorongosa-Caia e Rio Lúrio-Metoro. A fase 3 consistirá na reabilitação de 293 Km, nos troços Bambara-Rio Save, Muxungué-Inchope e Metoro-Memba”, revelou Carlos Mesquita, ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos.
Segundo Carlos Mesquita, foram mobilizados 850 milhões de dólares para as três primeiras fases e a infra-estrutura vai priorizar a segurança rodoviária e o empresariado nacional, no contexto de sua manutenção.
“Queremos informar que a componente da segurança rodoviária será a nossa grande prioridade e asseguraremos a participação e pequenas e médias empresas nacionais na sua manutenção. Inclui, ainda, neste pacote de reabilitação da EN1 10 anos de manutenção já estruturados no contrato e garantidos com o financiamento do Banco Mundial”, disse Carlos Mesquita.
O Governo informou que está a criar outras estradas para que sirvam de alternativas à EN1, como forma de dinamizar a economia nacional. O projecto conta com o apoio do sector privado e parceiros de cooperação.
“As estradas Moamba-Mague, Zero-Morrumbala e Belo-Zumbo inserem-se numa estratégia mais ampla do Governo de criar uma estrada alternativa à EN1, passando por Moamba, Mague, Motasse, Chókwè, Mapai, Massangena, Xipungaberra, Chimoio e Ichope, com a construção de uma ponte que passa por Rio Save, ligando as províncias de Gaza e Manica, bem como de ligar o país do Zumbo ao Índico, através da estrada Zumbo-Pene, Tete-Mandamba, Mutararra-Rio Chire, Morrumbala-Zero e Mopeia-Chire”, informou o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos.
O Governo conta com um financiamento de 400 milhões de dólares de parceiros para a reabilitação da EN1, que liga o Norte, Centro e Sul do país.
O Executivo revelou que, no quadro do programa quinquenal, foram reabilitados 1106 quilómetros de estradas nacionais e regionais e construídas 10 pontes.