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Ramaphosa suspende Procuradora-Geral da República por parcialidade

O Presidente da África do Sul suspendeu, esta quinta-feira, a advogada Busisiwe Mkhwebane do cargo de procuradora-geral da República (PGR) do país, que tinha sido nomeada pelo antigo líder sul-africano Jacob Zuma. A procuradora-geral é acusada pela Presidência de parcialidade, escreve a RTP Notícias.

“O Presidente Cyril Ramaphosa decidiu suspender Busisiwe Mkhwebane do cargo de PGR com efeitos a partir de 9 de Junho de 2022”, lê-se na declaração da presidência do país citada pela RTP.

Segundo o documento, Busisiwe Mkhwebane tem contrariado várias tentativas nos últimos anos para a retirar do seu posto, incluindo um processo de impugnação aberto pelo Parlamento em Maio.

A decisão surge um dia depois de Mkhwebane ter anunciado a abertura de um inquérito público a Ramaphosa. Nos últimos anos, a responsável lançou uma série de investigações envolvendo o Presidente, incluindo sobre doações de campanha e acusações de violações de ética.

Na mais recente acusação, o Presidente da África do Sul é acusado de ter ocultado um assalto a uma das suas residências, no qual foi descoberto o equivalente a quase 4 milhões de euros em notas escondidos nas mobílias da casa.

Ramaphosa negou, ontem, no Parlamento, ter roubado o dinheiro e criticou os “truques sujos” e a “intimidação” por parte dos críticos, enquanto a oposição pedia a sua demissão.

Até Dezembro, o Congresso Nacional Africano (ANC) deverá decidir se apresenta Cyril Ramaphosa como candidato a um segundo mandato nas eleições presidenciais agendadas para 2024.

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