O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anunciou um conjunto de medidas para combater a corrupção no aparelho do Estado e avisou aos corruptos que “não têm onde esconder-se”.
Citado pela DW, Cyril Ramaphosa explicou que a corrupção é uma “traição à nossa democracia e um ataque às instituições que estabelecemos juntos para promover os valores da nossa Constituição e os interesses do nosso povo”.
No seu discurso à Nação, o Presidente indicou que será criada uma agência anti-corrupção independente para as contratações públicas, bem como uma comissão anti-corrupção permanente, com supervisão do Parlamento e do Executivo.
Além disso, Ramaphosa anunciou reformas legislativas para uma maior transparência e consulta na selecção e nomeação do líder do Ministério Público.
O Chefe de Estado referiu, ainda, a necessidade de um processo de nomeação dos conselhos de administração das empresas estatais, que não seja passível de manipulação, e referiu que os ministros serão proibidos de desempenhar qualquer papel nas contratações públicas.
Segundo a DW, o Presidente sul-africano divulgou estas iniciativas em resposta às recomendações de uma comissão judicial formada para investigar uma rede de corrupção que se formou no aparelho do Estado durante o mandato do seu predecessor, Jacob Zuma.