Três pessoas morreram em Inhambane, vítimas de mordedura canina. A província registou 490 casos nas diferentes unidades sanitárias, durante o primeiro semestre do presente ano.
A situação continua a preocupar as autoridades de saúde a nível nacional e provincial. Para reverter o cenário, a Direcção Provincial de Saúde realizou esta quinta-feira, encontro com a Direcção de Veterinária e dos Municípios, entidades responsáveis pela captura dos chamados cães vadios, para desenhar estratégias de combate e prevenção de futuros casos.
Inhambane possui técnicos capazes de responder as necessidades da actividade de vacinação. O Departamento de Pecuária na Direcção Provincial de Agricultura e Segurança Alimentar pretende reduzir o risco de contaminação pelo vírus da raiva através da vacinação de mais de 40 mil cães na província em 2018, uma meta que ainda esta longe de ser alcançada este ano, pois ate agora, apenas 18 porcento dos animais previstos já foram administrados a vacina.
As autoridades de saúde garantiram a existência de vacinas suficientes para responder a eventuais casos de mordedura e dos 14 distritos da província, Massinga é apontando como a que mais cães vadios tem.
No ano passado mais de 90 pessoas morreram vítimas de raiva a nível de todo o país. Ate ao primeiro semestre deste ano o Ministério da Saúde havia notificado mais de 12 mil mordeduras com cerca de 49 óbitos.
A raiva é uma doença provocada por um vírus cem por cento fatal, a partir do momento em que o individuo afectado começa a manifestar os sintomas. As Autoridades recomendam a lavagem prolongada da ferida com agua e sabão logo após a mordedura e o encaminhamento imediato da vítima a uma unidade sanitária, onde deverá tomar a vacina antirrábica em pelo menos cinco doses durante cerca de um mês.
O Ministério da Saúde anunciou recentemente a aquisição de mais de oito mil doses da vacina antirrábica que esta disponível nas principais e unidades sanitárias do pais.
A prevenção continua a principal recomendação das autoridades. Levam a cabo campanhas de vacinação gratuita dos animais em praticamente todo o país. O custo de uma vacina para os animais custa menos de 100 meticais, enquanto o tratamento a humanos expostos ao vírus da raiva aproxima os três mil meticais, suportados pelo estado nos hospitais públicos.