O historiador e vice-reitor da Universidade Eduardo Mondlane, Joel das Neves, diz que o funeral da Rainha Isabel II representa um evento de grande magnitude para o mundo, pelo legado do seu reinado durante longos anos.
O funeral da Rainha Isabel II é a principal notícia do dia em quase todo o mundo. Para o historiador e vice-reitor da UEM, Joel das Neves, tem a razão de ser pela dimensão da monarca no mundo.
“Isto tem um significado especial na medida em que revela a magnitude da figura da rainha e do próprio país. Como sabemos, o Reino Unido, do modo geral, tem grande proeminência no mundo, em muitos negócios e assuntos políticos da globalização.”
Joel das Neves considera que a mobilização do mundo, particularmente dos chefes de diferentes Estados, é a prova do valor do legado deixado pela monarca.
“É uma forma clara de venerar uma figura, pelos chefes ou mesmo reinados, monarquias, pois tem um significado especial.”
Das Neves enaltece ainda o papel desta figura para o mundo, com particular destaque para o continente africano.
“Sabemos que, desde a Guerra Mundial II até aos dias de hoje, houve muitas transformações, a nível, por exemplo, do nosso continente. Com a descolonização e independência das ex-colónias inglesas, e não só, mas também o fim da Guerra Fria que marcou durante muitos anos a tensão no mundo, ela foi uma figura sempre presente a acompanhar e ter uma actuação especial.”
Recorde-se que a Rainha Isabel II morreu no passado dia 8 de Setembro, vítima de doença.