O ministro da Indústria e Comércio, Ragendra de Sousa, diz que o país está aberto e que existe oportunidades para novos investidores. O país oferece oportunidades de produção para o consumo interno e também para a exportação. Ragendra de Sousa afirma ainda que o país goza de uma boa localização geográfica, quando comparado com alguns países, uma vasta costa, terras aráveis, vias que permitem a entrada e saída de mercadorias dos países do hinterland. O ministro fez esta descrição para despertar o interesse de investidores chineses.
Ragendra de Sousa disse ainda que Moçambique está preparado para receber parques industriais da China que se queiram estabelecer no país, mas lembrou que as empresas que vierem para o país “têm de produzir para o mercado doméstico sem esquecerem o da exportação”, disse o ministro, numa entrevista à revista Macau, citada no portal Macauhub.
O ministro recordou que a China está num processo de transformação e deslocação de indústrias para o território nacional pode beneficiar dessa estratégia. “A nossa localização é uma mais-valia porque faz de Moçambique uma ponte entre a Ásia, o resto da África e o mundo”, disse De Sousa.
O titular da pasta da Indústria e Comércio lembrou que a exploração de gás e de carvão pode fazer com que o rendimento per capita da população aumente de 400 para 3000 dólares. “O facto de existirem reservas de minério de ferro com possibilidades de exploração nos próximos 150 anos poderá permitir que se criem indústrias pesadas em Moçambique porque teremos energia e gás, além do minério”, disse.
Referindo-se à próxima presença de Moçambique na Feira Internacional de Macau em Outubro deste ano, Ragendra de Sousa disse que o objectivo “é mostrar o que temos e internacionalizar cada vez mais a nossa economia de modo a que os empresários moçambicanos possam fazer parcerias e negócio”, concluiu.
Actualmente, a China é o maior financiador e construtor de infra-estruturas no país. O grande destaque vai para a ponte Maputo-Katembe, a Estrada Circular de Maputo, a Estrada Nacional número 6 e o porto de Pesca da cidade da Beira, que na semana passada foi visitado pelo ministro Ragendra de Sousa, acompanhado por uma comitiva do Conselho de Ministros.