O Presidente do Quénia, William Ruto, anunciou a chegada de mais de 600 militares para se juntarem à missão multinacional de apoio à segurança no Haiti. Ruto anunciou ainda que o seu país irá enviar mais 300 soldados em Outubro.
“As tropas que temos no Haiti não são suficientes. Devíamos ter 2.500 homens e mulheres nesta força. Só temos 400. Também temos problemas logísticos. Faltam recursos. Não temos ferramentas suficientes para continuar o trabalho”, disse o presidente queniano, citado pela agência de comunicação Lusa.
Contudo, William Ruto diz haver boas notícias, pois “muitos países estão a começar a comprometer-se a ajudar o Haiti. Haverá um destacamento de outros 20 países que se comprometeram a enviar pessoas para se juntarem à força multinacional”.
No início de setembro, cerca de duas dezenas de polícias e soldados da Jamaica chegaram ao Haiti.
A missão deverá atingir 2.500 operacionais. Bahamas, Bangladesh, Barbados, Benim e Chade já se comprometeram a enviar polícias e soldados, embora não seja claro quando isso poderá acontecer.
Ruto defendeu que o Haiti registou “muitos progressos” nos três meses após o envio da missão apoiada pela ONU.
Os militares já conseguiram garantir muito mais segurança no aeroporto, no Palácio Nacional, no Hospital Universitário do Estado do Haiti, na Academia de Polícia e também nos portos, sublinhou o Presidente queniano.
Na sexta-feira, o enviado da ONU para os direitos humanos no Haiti, William O’Neill, disse que a população do Haiti continua a sofrer a violação de todos os seus direitos humanos. Disse ainda que “a violência sexual, usada como arma pelos gangues para controlar a população, aumentou drasticamente nos últimos meses”.
A missão multinacional deverá custar cerca de 600 milhões de dólares por ano, embora a ONU tenha recebido apenas 68 milhões de dólares até agora.