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Qualquer tentativa de adiar eleições distritais é “querer escrever fora do contexto histórico”, diz Gamito

Foto: O País

O antigo presidente do Conselho Constitucional, Hermenegildo Gamito, e Castigo Langa, militante da Frelimo, defendem a realização das eleições distritais em 2024. Dizem, ainda, ser nula a ideia de adiamento e que a Constituição deve ser cumprida.

O antigo garante da constitucionalidade, Hermenegildo Gamito, afirma que não deve haver espaço para debater sobre uma questão que deve ser executada em cumprimento da Constituição da República.

“Está na Constituição. Se a lei mãe determina, é incontornável, façam-se as eleições como reza a Constituição”, vincou Gamito.

Hermenegildo Gamito vai mais fundo ao afirmar que nem deveria haver debate sobre a realização das eleições distritais. “Nem parece bem levantarmos o tema”, disse.

Para o antigo presidente do Conselho Constitucional, “já é tarde para levantar o tema; devia ter sido levantado antes da aprovação da constituição. Obedecemos a uma lei fundamental do país obrigatória para todo e qualquer cidadão, o resto é querer escrever fora do contexto histórico”.

De acordo com Castigo Langa, militante da Frelimo, as eleições distritais são um imperativo da Constituição da República, que deve ser seguida escrupulosamente. “O que é constitucional tem que ser cumprido”.

Entretanto, aos olhos do número dois do partido Frelimo, Roque Silva, há, sim, espaço para o debate sobre as eleições distritais.

“Moçambique é um país que tem estado a desenvolver uma cultura de participação popular na reflexão em volta de todas as questões que têm interesse. Portanto, debate é debate e não vejo problema nisso. O debate deve continuar”.

Os intervenientes falavam à margem do 80º aniversário do ex-Presidente da República, Armando Emílio Guebuza.

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