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Putin responde aos membros da NATO e coloca em alerta máximo forças de dissuasão russas

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, mandou este domingo colocar em alerta máximo as forças de dissuasão nucleares russas devido a “declarações agressivas” do Ocidente, escreve a imprensa internacional.

Depois de vários países terem anunciado sanções à Rússia pela invasão na Ucrânia, de a Comissão Europeia, EUA e Reino Unido terem declarado o bloqueio do sistema Swift (sistema de transferência bancária internacional) travando as relações económicas da Rússia, Vladimir Putin decidiu tomar novas medidas: colocar as forças de dissuasão nuclear do país em alerta máximo. A resposta, na perspectiva de Vladimir Putin, citado pelo The Guardian, é para todos os países da Nato que têm prestado “declarações agressivas”.

“Os países ocidentais não só estão a tomar medidas hostis contra o nosso país na esfera económica, como também altos funcionários dos principais membros da NATO fizeram declarações agressivas em relação ao nosso país, por isso ordeno ao ministro da Defesa e ao chefe de Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia que transfiram as forças de dissuasão do exército russo em alerta especial de combate”, disse Putin numa reunião televisiva com os seus chefes militares, citada pela agência AFP.
A ordem foi dada no quarto dia de combates na Ucrânia, que Putin mandou invadir na quinta-feira.

Vlademir Putin alertou os países estrangeiros para não interferirem na sua intervenção na Ucrânia, pois isso pode conduzir a “consequências que eles nunca viram”.

Putin posicionou mísseis anti-aéreos e outros sistemas avançados de mísseis na Bielorrússia e deslocou sua frota para o Mar Negro num esforço para impedir uma intervenção ocidental na Ucrânia.

Em reacção, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia disse que Kiev não vai ceder nas negociações com a Rússia, acusando Putin de tentar aumentar a “pressão”, escreve o Diário de Notícias.

“Não nos vamos render, não vamos capitular, não vamos desistir de um único centímetro do nosso território”, declarou Dmytro Kuleba numa conferência de imprensa transmitida online.

Os Estados Unidos, por sua vez, afirmaram que Putin está “a fabricar ameaças”.

“Este é um padrão do presidente Putin que temos visto ao longo deste conflito, que está a fabricar ameaças que não existem para justificar novas agressões”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, ao canal ABC.

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