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Protestos contra missão da ONU na RDC resultam em 15 mortos

Foto: Notícias ao Minuto

Pelo menos 15 pessoas morreram, desde segunda-feira, em protestos desencadeados no nordeste da República Democrática do Congo contra a missão de paz das Nações Unidas no país. Entre as vítimas estão três membros da missão.

Citando pelo Notícias ao Minuto, o presidente da Sociedade Civil de Goma, John Banyene, explica que as mobilizações começaram no sábado e levaram ao assalto e saque de algumas instalações da missão de paz das Nações Unidas (MONUSCO) na cidade, na segunda-feira.

Manifestantes saíram às ruas para exigir a retirada da missão da ONU, criada há mais de duas décadas, acusando-a de ineficiência diante da violência que assola o leste da RDC, onde actuam pelo menos 122 grupos rebeldes, segundo o jornal Barómetro de Segurança Kivu (KST).

“Reitero que a missão está na RDC a convite do governo para ajudar a proteger os civis e promover a estabilidade”, disse o chefe interino da missão de paz das Nações Unidas, Khassim Diagne.

O porta-voz da ONU, Farhan Haq, confirmou esta terça-feira, em conferência de imprensa que, centenas de pessoas participaram nos ataques contra várias instalações da organização, nomeadamente contra a sede do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Goma, onde foram “repelidas” por seguranças.

Segundo o Notícias ao Minuto, a população construiu barricadas em diferentes pontos da cidade, além de acender fogueiras em frente a alguns prédios da ONU, enquanto grande parte dos trabalhadores da organização na província teve que ser retirada.

O ataque ocorreu depois de o presidente do Senado congolês (Câmara Alta), Modeste Bahati Lukwebo, ter, em meados de Julho, acusado a MONUSCO de não ser eficaz, exigindo a sua retirada.

Desde 1998, o leste da RDC está mergulhado num conflito alimentado por milícias rebeldes e ataques de soldados do exército, apesar da presença da missão da ONU, com cerca de 14.000 soldados.

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