A primeira viagem experimental do projecto MetroBus, uma iniciativa de tráfego misto, que combina a operação ferroviária e rodoviária, através de automotoras, com carruagens e uma frota de autocarros, foi realizada hoje. Num acto que visa divulgar este serviço público, pelas cinco horas da manhã, grupos de passageiros viajaram de autocarros das regiões de Bobole, Tsevene, Michafutene, Agostinho Neto e Memo para, depois, embarcar no metro, na estação ferroviária de Marracuene, na província de Maputo.
Com os passageiros a bordo, a referida composição partiu da estação de Marracuene, precisamente, às 6.05 horas com destino à estação Central de Maputo, na baixa da cidade, tendo chegado às 7.25 horas, incluindo paragens em três pontos intermédios.
Deste modo, foram apuradas as condições para o arranque da primeira fase do projecto que vai cobrir, progressivamente, 25 estações ferroviárias.
Após vivenciar esta experiência, o ministro dos Transportes e Comunicação, Carlos Mesquita, disse tratar-se do começo de uma longa caminhada no processo de governação estrutural, para garantir a mobilidade dos cidadãos, com eficiência, segurança e dignidade.
“Estamos num contexto de dificuldades financeiras, mas nem por isso devemos deixar de ter iniciativas e criar condições junto de parceiros que se querem juntar ao Governo, contribuindo para a melhoria do problema do transporte público urbano, no País”, indicou o governante, explicando a demonstração, ora realizada, deve-se à complexidade do transporte ferroviário, que exige uma coordenação minuciosa ao longo da viagem.
A combinação do transporte ferroviário com o rodoviário, conforme realçou o ministro, vai permitir que os passageiros complementem o seu ciclo de viagem, optimizando e maximizando a utilização das vias existentes.
Este projecto resulta da parceria entre a Sir Motors, que financiou a aquisição dos equipamentos e os custos de operação, os CFM-Caminhos de Ferro de Moçambique, detentor da infra-estrutura ferro-portuária, os municípios de Maputo, Matola, e Boane, bem como os governos dos distritos de Marracuene e Machava.
Amade Camal, proprietário da Sir Motors, explicou que o passe mensal principal do MetroBus vai custar 2.500 meticais, sendo que o passe B, referente ao agregado familiar, custará de 1.250 meticais: “Alguém que viaje de Marracuene, Boane ou Manhiça, para a cidade de Maputo, vai pagar, em média, numa viagem, 26 meticais”, frisou.
O projecto MetroBus, segundo acrescentou, terá uma capacidade para transportar até 1.100 passageiros, através de automotoras e carruagens. Integra, igualmente, uma frota de 100 autocarros.
Consubstancia uma das várias iniciativas em carteira, visando complementar as acções do Governo e a sua visão estratégica integrada, no quadro da parceria público-privada, estando, com efeito, criadas as condições para o aumento da capacidade de transporte de passageiros, com maior frequência, prevenção de sinistralidade, permitindo ao passageiro a possibilidade de optar pelo do horário de viagem.