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Profissionais defendem envolvimento do homem nos cuidados de saúde

Os serviços de saúde estão focalizados na saúde da mãe e criança, mas é preciso mudar esse modelo e envolver o homem na melhoria dos cuidados de saúde da sua família. Este posicionamento foi defendido esta quinta-feira, durante o décimo quarto simpósio das jornadas nacionais de Saúde.

Quatro oradores, entre eles representantes do Ministério da Saúde (MISAU), antropólogos, sociólogos e especialistas em saúde materno e infantil juntaram-se no painel sobre envolvimento do homem na melhoria dos cuidados de saúde.

Historicamente, os serviços de saúde priorizam a saúde das mulheres e crianças, mas este modelo, de acordo com os painelistas deve ser mudado em benefício do próprio homem e da família.

Lídia Chongo, representante do MISAU diz que é preciso que os homens discutam os problemas de saúde que os afectam. Os investigadores e académicos devem gerar conhecimento nessa área.

Enquanto a antropóloga americana, Carolyn Audet partilhou estudos que evidenciam sucessos no envolvimento dos parceiros no tratamento de doenças. “ É preciso dar conhecimentos, mudar os comportamentos e vencer barreiras culturais. Porque o apoio familiar é fundamental. Não se deve forçar os homens, mas criar um sistema que faça com que o homem perceba a importância do seu apoio”, disse.

Para que o homem perceba a importância do seu apoio, segundo o sociólogo, Edgar Manuel é preciso mudar a ideia de que homem é superior a mulher, o que faz com que eles não procurem pelos serviços de saúde

A especialista em saúde familiar e comunitária, Leyani de Oliveira que também falou das barreiras sociais que contribuem para afastar o homem dos cuidados de saúde, diz que o homem quando está doente fica calado. Não fala nem com a mulher e nem com os filhos. É preciso desenhar projectos comunitários centrados no homem, porque eles também sofrem de TB, HIV e outras doenças.

Do lado da plateia vieram contribuições tais como a necessidade de ter homens como enfermeiros de saúde materno-infantil e criar serviços virados aos homens nos centros de saúde.

 

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