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Professores paralisam actividades na Escola Secundária da Machava-Sede

Mais de 60 professores da Escola Secundária da Machava-Sede, na Província de Maputo, decidiram paralisar as actividades em reivindicação do pagamento de horas extras referentes a dois anos. A situação deixou cerca de 12 mil estudantes sem aulas.

Parece estar longe do fim o braço-de-ferro entre os professores e o Ministério da Educação. Na manhã desta quarta-feira, 4 de Abril, os alunos da Escola Secundária da Machava-Sede, no município da Matola, Província de Maputo, viram-se impedidos de assistir às aulas.

“O motivo principal da nossa reivindicação é o não pagamento das horas extras atinentes ao ano 2022, 2023 e 2024. Mas, sobretudo, as horas extras de 2022, pelo facto de a maior parte das escolas no município da Matola terem sido pagas, estando a nossa sem o ordenado ainda na ponta”, denunciou Vontade Carlos, professor de Biologia na Escola Secundária da Machava Sede.
Os professores da Escola Secundária da Machava-Sede sentem-se numa ilha e abandonados. Por isso, decidiram parar de dar aulas, até que os seus direitos sejam repostos.

“Os professores da Escola Secundária da Machava-Sede estiveram reunidos, onde deliberaram que deviam optar por esta manifestação. Fixamos um prazo de sete dias da manifestação, sendo que, em caso de o Governo de Moçambique não pagar as horas extras, iremos reunir-nos e decidir por um novo prazo de dilação”, avisou Vontade Carlos.

São mais de 60 professores que não darão aulas a pelo menos 12 mil alunos desta escola e invocam, além do não pagamento das horas extras, outros problemas.

“Os professores trabalham aqui, nesta escola, de manhã, à tarde e à noite. Em algumas situações, nós trabalhamos em salas superlotadas, acima de 120 alunos por turma”, avançou.

E porque os problemas são vários e já tentaram ter a solução pacificamente, mas sem sucesso, decidiram recorrer à manifestação.

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