O País – A verdade como notícia

MINEDH garante que começou a pagar horas extraordinárias

Alguns professores ameaçam boicotar os exames finais do ensino médio, pelo não pagamento de horas extras, desde Setembro do ano passado. A ministra da Educação apela para a calma e garante que o pagamento já está a ser feito paulatinamente. Os testes finais iniciaram hoje e deverão ser examinados perto de 1.6 milhões de alunos do ensino primário e secundário.
Alguns professores ameaçaram, na semana passada, não entregar os resultados do aproveitamento pedagógico, referentes ao ano lectivo corrente e não participar em todo o processo de exames em reivindicação ao não pagamento do subsídio de horas extraordinárias há mais de 13 meses.
A informação chegou ao Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, que na voz da ministra, esta segunda-feira, reagiu ao assunto.
Carmelita Namashulua disse, na ocasião, que o não pagamento de horas extraordinárias aos professores assiste-se em todo o país.
“O ministério está consciente deste facto. Há um ano e meio temos dificuldade de pagar horas extras aos nossos colegas professores, mas não se trata de um caso isolado, está a afectar todo o país”, entretanto, Namashulua garantiu que já há dinheiro para pagar os professores, mas o processo será feito de forma paulatina, pois “o Ministério da Economia e Finanças condicionou o pagamento à verificação no terreno sobre a veracidade das horas, assim sendo, a inspecção geral do ministério está a fazer a verificação nas nossas escolas. Naqueles casos onde não há problemas, eles já começaram a pagar”.
Recorde-se que no mês de Outubro os professores submeteram um documento com 18 reclamações ao Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, no qual, além do atraso no pagamento das horas extraordinárias, reivindicam a superlotação nas salas de aula, as condições críticas de trabalho e o não pagamento de diversos subsídios.
Sobre o assunto, Carmelita Namashulua disse aos órgão de comunicação social que tudo está a ser feito para que sejam respondidas, em coordenação com os ministérios da Economia e Finanças e da Administração Estatal e Função Pública.
“Estamos a trabalhar no assunto. Algumas questões ultrapassam a capacidade de resolução, por parte do Ministério da Educação, tendo em conta os subsídios, salários e tantos outros aspectos que precisam de interacção com os nossos colegas, principalmente do Ministério da Economia e Finanças e da Administração Estatal e Função Pública, que gere todos os funcionários e agentes do estado”, disse a ministra depois de afirmar que todo o pagamento do subsídio de horas extraordinárias em dívida, será pago.
No meio de ameaças de boicote, os exames finais do ensino médio tiveram o seu lançamento esta segunda-feira, com o início dos da 6ª classe em todo o país. Serão examinados perto de 978 000 alunos. A ministra da Educação, Carmelita Namashulua, apela que se evite a fraude e a corrupção para que não haja passagens sem mérito.
“Se o aluno aprende desde cedo a negociar a sua nota, está de igual forma a comprar a sua própria incompetência no futuro. Circulam por aí, aquilo que alguns chamam de ways, mas saibam, desde já, que são enunciados falsos. Há grupos de pessoas, que podemos chamar de malfeitores, que inventam exames e colocam à disposição de alunos, O MINEDH desencoraja a compra destes enunciados”.
A primeira chamada dos exames da 6ª classe termina amanhã, e a segunda decorre nos dias 27 e 28 de Novembro corrente. Já no ensino secundário, os exames finais arrancam na próxima segunda-feira. Para a 10ª classe serão examinados 417 mil alunos, enquanto para 12ª serão avaliados pouco mais de 245 mil alunos.
Para o ensino secundário, a primeira chamada vai decorrer de 27 de Novembro a 01 de Dezembro e a segunda chamada de 4 a 8 de Dezembro.
Os candidatos externos a serem examinados são 7078, em 48 centros.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos