Professores ameaçaram boicotar os exames especiais agendados para alunos que não conseguiram realizar provas nacionais, em Dezembro, face às paralisações da classe e aos protestos pós-eleitorais. A classe diz que a condição é o Governo pagar horas extraordinárias em atraso.
“Primeiro que paguem todas as horas extras em atraso, depois vamos controlar os exames especiais, do contrário, vão dizer que estamos a boicotar os exames, enquanto estamos a exigir nossos direitos”, disse o porta-voz da Associação Nacional dos Professores (Anapro), Marcos Mulima, em declarações à Lusa.
Entre outros aspectos, os professores reclamam dos atrasos no pagamento de horas extraordinárias de dois meses e 18 dias de 2022, de todo o ano de 2023 e também de todo 2024, bem como “melhor enquadramento” na Tabela Salarial Única (TSU).
O porta-voz da Anapro disse que, além dos “exames especiais”, o arranque do ano letivo para o ensino geral e técnico e profissional está igualmente “comprometido”, ameaçando uma paralisação geral das atividades até o executivo saldar as dívidas.
O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) de vai submeter a exames especiais, em Janeiro, todos os estudantes da 10.ª e 12.ª classes que não conseguiram realizar os exames nacionais.