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Problema nas vias de acesso dificulta fornecimento de milho a Nampula

Foto: O País

O ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, diz que a crise do milho reportada por moageiras em Nampula resulta da fraca produção e de produção retida devido a problemas nas vias de acesso causados pelo ciclone Freddy. A referida produção está retida em Niassa. Trata-se de cerca de 80 mil toneladas.

“Nampula produz quantidades suficientes para as moageiras locais. A estas alturas do ano, antes da próxima colheita, normalmente, os industriais, as moageiras e outros recebem matérias-primas de outras províncias – são os stocks da época anterior. O que aconteceu agora é que, por causa do Freddy, o transporte dessa matéria-prima não chegou a Nampula; ficamos duas semanas sem ligação com Niassa, onde existem stocks de milho e foi isso que criou a crise”, esclareceu o ministro.

Silvino Moreno entende, no entanto, que é preciso haver maior controlo do consumo e uma maior coordenação entre as entidades governamentais e os operadores dessa área (os industriais). Diz ainda que é preciso melhorar a planificação para que crises iguais não voltem a acontecer. “Não faz sentido que uma província onde o milho é dos produtos que mais se colhe, tenha problemas de farinha de milho.”

Para já, o ministro da Indústria e Comércio diz que o preço do milho já começou a baixar e diz que, nestes dias da crise, houve certo aproveitamento por parte de alguns comerciantes. “O milho cujo preço subiu de 900 para 2 000 Meticais não foi moído na mesma semana. É um aproveitamento dos comerciantes. O preço do milho já baixou. Estava ontem a 1200 Meticais, mas ainda não é o preço óptimo. O milho do saco de 25 quilogramas deve ser vendido, no máximo, a 800 Meticais”, concluiu Moreno.

Para impedir que tal aproveitamento continue a acontecer, o ministro diz que já foi accionada a Inspecção das Actividades Económicas.

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