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PRM diz que não é contra manifestações 

Bernardino Rafael garantiu que a Polícia da República de Moçambique (PRM) está aberta para acompanhar manifestações pacíficas. O comandante-geral da PRM pediu que o partido que suporta Venâncio Mondlane não incite a violência. 

O partido PODEMOS  e a PRM estiveram reunidos hoje, na capital do país. Durante o seu discurso Bernardino Rafael disse que a polícia não é contra as manifestações, mas é preciso que sejam feitas em colaboração com a PRM, de forma que não sejam danificados bens públicos. 

O comandante-geral da PRM avançou que depois da convocação das manifestações, a polícia foi chamada a intervir em 58 manifestações, das quais 38 foram violentas. Bernardino Rafael recordou que as manifestações pacíficas não são proibidas, mas é preciso que sejam feitas em colaboração com a polícia. 

“A polícia foi chamada para conter as manifestações, mas elas se transformaram em violentas, devido a acção dos próprios membros. Arremessaram pedras contra a vossa polícia, arremessaram bombas de fabrico caseiro contra a vossa polícia, feriram a polícia”, disse. 

Bernardino Rafael pediu que o partido PODEMOS una-se à polícia para que haja manifestações pacíficas e garantiu que a polícia está aberta para acompanhar os manifestantes. “Pedimos ao PODEMOS, como partido, que nos notifique a rota, se quiserem. E nós sermos ouvidos, quando dissermos que assim não dá, talvez assim…”. 

Rafael disse ainda que a convocação de todos os moçambicanos é uma ameaça ao país, pois as pessoas têm de trabalhar. O comandante-geral da PRM reclamou também  da presença de crianças e de jovens em idade não eleitoral nas manifestações. 

“As crianças são inocentes. Nós temos exemplos … nas manifestações estão a ser usadas. Crianças e jovens que nem votaram, que nem têm cartão de eleitor. Ou seja, podemos convocar as manifestações, não vão participar nem os próprios membros do partido, mas participam oportunistas”, disse Bernardino. 

 

“Nós estamos a lutar pela justiça”

Albino Forquilha afirmou que o seu partido, o PODEMOS, apenas luta pela justiça e para fazer cumprir a vontade do povo. “Como é que vamos fazer, se esperamos que o Conselho Constitucional tome a sua decisão, ainda injusta, e não se recorra mais. Nós estamos a lutar pela justiça. Se o povo votou em nós, então, a administração da justiça e outras instituições que fazem parte devem respeitar esse voto”. 

Forquilha declarou ainda que ninguém quer incitar a violência e atacar a polícia, mas espera que os agentes da lei e ordem transmitam segurança, de forma que casos como o de Micanhelas não se repitam. 

“Eu, como presidente do PODEMOS, vou fazer de tudo que esteja ao meu alcance para que não haja violência, mas perceber também que precisamos lutar por esta justiça… As pessoas que votaram sabem o que fizeram e os resultados devem aproximar-se da realidade. Nestas eleições 195 assentos para um partido não aconteceram, temos que ser justos”, disse o presidente do PODEMOS.  

Albino Forquilha apelou a não violência durante as manifestações, pois o seu partido não incentiva a violência, mas quer que haja justiça. “Se estamos descontentes temos que manifestar, mas não devemos ser violentos”, apelou.

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