O ministro da Saúde, Armindo Tiago, assegurou esta segunda-feira que o país vai receber 70 mil doses da vacina para imunização contra a COVID-19, entre Fevereiro e Março deste ano.
O Governo está igualmente à espera de outras doses da vacina, no âmbito da iniciativa COVAX, cuja disponibilidade no país está prevista para o período de Maio a Junho próximos.
“Estamos a fazer um esforço no sentido de garantir a vacina entre os meses de Fevereiro e Março, para protecção de grupos de risco e daqueles que têm prioridade” na defesa do organismo contra o novo Coronavírus.
Segundo Armindo Tiago, assim que a vacina chegar ao país, a prioridade será dada aos profissionais de saúde na linha da frente contra a COVID-19. O ministro esclareceu que as 70 mil doses a que se referiu dependem da disponibilidade financeira.
Não se pode olhar para a vacina como única solução para acabar com o Coronavírus. “É preciso continuarmos a cumprir as medidas de prevenção e controlo da pandemia”, apelou o governante.
Armindo Tiago falava num encontro com a Ordem dos Médicos, Ordem dos Enfermeiros, Associação Médica, Associação dos Enfermeiros e a Associação dos Anestesistas, onde se discutiu mecanismos para melhor gestão da pandemia da COVID-19.
Tiago garantiu que “o Ministério da Saúde tem equipamento de protecção individual suficiente para o pessoal de saúde. No entanto, o que pode estar a acontecer é provavelmente um problema de gestão nas unidades sanitárias. Nós somos capazes de fornecer todo equipamento necessário para todas as solicitações”.
Milton Tatia, presidente da Associação Médica de Moçambique, fez saber que no encontro as partes acordaram que o material de protecção individual completo, que era distribuído apenas aos centros de internamento para doentes com COVID-19, passa a abranger todas as enfermarias com pacientes internados por conta da pandemia.
“A distribuição do equipamento passará a ser monitorado pelas partes [profissionais de saúde e Ministério da Saúde]”, sublinhou a fonte.
Profissionais de saúde com mais de 55 anos de idade ou com doenças consideradas de risco “serão dispensados das suas actividades clínicas ou laborais presenciais”.
O Ministério da Saúde anunciou também a contratação de mais profissionais de saúde, para fazer face ao aumento do número de infecções, óbitos e internamentos.