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Presidente da República inaugura Ponte 6 de Agosto no Rio Save

A antiga ponte sobre o rio Save foi projectada na década de 1960 e inaugurada a 16 de Setembro de 1972.

Cinquenta anos depois, a ponte já estava em avançado estado de degradação e limitava a circulação de veículos pesados de transporte de carga.
É que, por razões de segurança, as autoridades tiveram de reduzir a capacidade máxima de cada veículo de 50 para 30 toneladas, o que causava constrangimentos aos transportadores, uma vez que, para passar pela ponte, obrigatoriamente eles tinham de diminuir a carga e voltar a colocar no camião depois de atravessar. Essa operação provocava perda de tempo e dinheiro.

Em resposta aos sinais de degradação da ponte, que condicionavam a normal circulação de viaturas de uma margem à outra do rio Save, o Governo avançou, em 2018, com um ambicioso projecto integrado de construção civil naquela importante secção da Estrada Nacional número 1 (EN1).

O projecto visava a reabilitação da antiga ponte, com mais de 50 anos de vida, e a construção de uma nova, mais moderna e dimensionada para os desafios impostos pelas mudanças climáticas na área de infra-estruturas rodoviárias.

O Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos diz que a ponte foi construída, usando tecnologia de ponta, e garante que, com as devidas manutenções, a ponte vai ter durabilidade de 50 anos.

As obras estão avaliadas em cerca de 5,5 mil milhões de Meticais  do Orçamento de Estado; foram adjudicados ao empreiteiro China Road & Bridge Corporation, e deveriam durar três anos, prazo que acabou por ser estendido devido aos desafios conjunturais, com destaque para a pandemia da COVID-19.

A reabilitação da antiga ponte consistiu, entre outros trabalhos, na substituição de cabos pendurais; substituição dos aparelhos de apoio; substituição das juntas de dilatação; reparação do pavimento; diversas reparações de betão e pintura geral.

A ponte tem uma extensão total de 810 metros e duas faixa de rodagem, perfazendo 7,2 metros e passeios laterais de 1,3 metros, mas, devido à fragilidade que apresentava antes das obras, a carga máxima que devia transitar sobre ela baixou para 35 toneladas e só devia passar um veículo de cada vez, provocando constrangimentos aos transportadores.

A nova ponte tem mil metros de extensão e 13,5m de largura, sendo 9,6m de faixas de rodagem e 1,2m de passeio de cada lado.
Foi dimensionada tendo em conta as mudanças climáticas e os efeitos no pico de cheias, bem como as exigências actuais e futuras da secção da EN1 no que tange ao escoamento de tráfego pesado  no sentido Sul-Norte e Norte-Sul.

A Confederação das Associações Económicas olha para a nova ponte como uma importante infra-estrutura para dinamizar a economia do país, considerando que os camiões poderão circular sem restrições, facto que vai permitir a redução em até 3 dias, o tempo de viagem de Maputo para Cabo Delegado.

Para melhorar a circulação na zona, a ponte antiga servirá para o tráfego ligeiro e a nova também vai permitir a passagem de carros com até 48 toneladas.

Com as duas pontes nas condições infra-estruturais boas em que se encontram, fica garantido o fluxo ininterrupto da circulação de viaturas e bens nesta travessia mesmo em momento de inspecção e manutenção.

Na ocasião, o Presidente da República anunciou que o Governo está também a mobilizar fundos para a construção de uma segunda ponte sobre o rio Save na província de Gaza, que vai ligar a província de Manica.

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