O País – A verdade como notícia

Presidente da República apela à transformação, reconciliação e paz

O Presidente da República, Daniel Chapo, apelou hoje, em Maputo, à consolidação da paz,  reconciliação e transformação social em Moçambique, durante a  abertura da 8ª Conferência Nacional Religiosa, um encontro que  reúne líderes de diversas confissões. 

Sob o lema Moçambique Primeiro – Cada Moçambicano Mensageiro  de Transformação, Reconciliação e Paz, o Chefe do Estado  defendeu que os interesses do país devem estar acima de tudo. No seu discurso, o Presidente da República destacou que a conferência  constitui um espaço sagrado de diálogo e reflexão entre os  moçambicanos, recordando que a paz e a harmonia social são  conquistas que devem ser continuamente defendidas. 

O estadista moçambicano reconheceu que o país ainda enfrenta  desafios decorrentes da pobreza, desigualdade e focos de violência  armada, mas sublinhou a capacidade de resiliência do povo  moçambicano. 

Daniel Chapo destacou que o lema da conferência “não é  apenas um conjunto de palavras”, mas um chamamento à acção,  que responsabiliza cada cidadão na construção do destino nacional.  “O destino da nossa nação não está apenas nas mãos dos  governantes, dos políticos ou dos soldados. Está nas mãos de todos os  moçambicanos”, frisou, encorajando os líderes religiosos a  continuarem como arquitectos da consciência moral da nação. 

O Presidente da República reafirmou que a transformação,  reconciliação e paz são pilares fundamentais para a prosperidade do  país. “A Transformação começa com uma mudança interior de cada  um de nós, um renovar da mente e do espírito. É a transformação do  ódio em amor e perdão, do cepticismo em esperança, da indiferença em solidariedade”, declarou, defendendo que as religiões devem  continuar a promover a ética, o trabalho honesto e a luta contra a  corrupção. 

Ademais, reafirmou que a paz é um processo, um projecto inacabado que exige o envolvimento de todos os sectores da sociedade.  Defendeu que a paz deve ser entendida como um direito humano e  sustentada em valores de justiça social, prosperidade e liberdade.  

“Para a consolidação da paz em Moçambique, precisamos de  chegar a uma fase em que a paz é tratada, reconhecida e  respeitada como um direito humano, uma forma de ser e estar de  cada um e de todos nós”, enfatizou. 

Chapo agradeceu o trabalho das confissões  religiosas no reforço da harmonia social e reiterou o compromisso do  Governo em ser um parceiro estratégico na promoção da paz e do  desenvolvimento. “Estaremos sempre ao vosso lado para ouvir, para  apoiar e para juntos traduzirmos esta visão espiritual em políticas  públicas concretas que melhorem a vida de todos os  moçambicanos”, assegurou. 

A 8ª Conferência Nacional Religiosa decorre num contexto de apelos  ao fortalecimento do diálogo inclusivo em curso no país. Nas suas intervenções iniciais, os líderes religiosos destacaram a necessidade de  “curar as feridas sociais”, transformar o ódio em amor e o egoísmo em  solidariedade, e encorajaram a cooperação entre as confissões como  instrumento essencial para consolidar a paz e responder aos anseios  dos cidadãos, com um único propósito: o bem de Moçambique.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos