O grupo Premier African Minerals vai alienar a concessão florestal que detém no país pela TCT Indústrias Florestais, a fim de se concentrar na exploração de tungsténio e lítio no Zimbabwe e de potassa na Etiópia, informou a empresa em um comunicado, citado pelo portal Macauhub.
A TCT Indústrias Florestais é uma empresa controlada pelo grupo Premier African Minerals, que em Novembro de 2016 adquiriu uma participação de controlo de 52 por cento à Transport Commodity Trading Mozambique Ltd. (TCTM) e à GAPI Sociedade de Investimentos, contra o pagamento sujeito a condições de 2,1 milhões de dólares.
O comunicado adianta que embora o grupo continue interessado nos depósitos de calcário, os activos florestais não se enquadram na actual estratégia, que é confirmada pela recente suspensão de autorizações para o abate de árvores e respectivas licenças de exportação.
O grupo salienta que a compra da participação de controlo estava dependente da atribuição de quotas para o abate de árvores por parte do Governo, pelo que a interrupção existente “dá uma oportunidade para renovar os direitos e obrigações ao abrigo dos acordos de aquisição, mantendo em simultâneo uma participação de 50 por cento nos activos de calcário”.
A administração do grupo está a analisar possíveis parcerias ou a venda da sua participação no negócio florestal ao mesmo que se mantém interessado nos depósitos de calcário.
A empresa dispõe de uma licença de exploração de depósitos de calcário numa área com 27 quilómetros quadrados e uma concessão florestal com 24 812 hectares localizada na região Centro do país, a que estão associadas uma serração e uma fábrica para a produção de mobiliário e de produtos semi-acabados para exportação.
O grupo Premier African Minerals controla uma carteira de activos de metais estratégicos e de projectos agro-minerais na África Austral e Ocidental.