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Prematuridade causa morte de 182 bebés na cidade de Maputo

Mais de 28 mil bebés nasceram nos primeiros nove meses deste ano, na cidade de Maputo e deste número, pouco mais de 1.100 foram nascimentos prematuros, tendo 182 perdido a vida.

Os bebés perderam a vida, em média, quatro semanas após o seu nascimento, por complicações da prematuridade.

Para a directora dos serviços de saúde da cidade de Maputo, Sheila Lobo, os números “assustam”, uma vez que “nove por cento dos bebés nascidos prematuros acabaram em óbito”.

Sheila Lobo falava durante as celebrações do Dia Mundial do Bebé Prematuro, na cidade de Maputo tendo explicado que logo à nascença, os mesmos precisam de cuidados acrescidos e as mães de apoio para cuidá-las.

No Hospital Geral de Mavalane, de forma particular, no mesmo período em análise, segundo fez saber a directora do berçário desta unidade sanitária, Luzidina Martins, dos partos assistidos nesta Unidade Sanitária, 306 foram prematuros.

“Deste número 244 tiveram altas e 62 foram óbitos, devido à prematuridade extrema e outras doenças associadas. Neste momento, temos internados oito bebés prematuros”, revelou.

No hospital Geral de Mavalane o “O País” conversou com Adelina Victorino, mãe de Victória, uma bebé que nasceu há 10 dias antes do tempo previsto, aos sete meses de gestação.

Conforme narra a mãe, tudo corria bem, até que numa das consultas de rotina, descobriu que tinha de fazer o parto para salvar a sua vida e da filha, que nasceu com um quilograma.

“Na consulta, viram que o bebé não estava a crescer como se esperava, comecei a ter complicações e viram que tinha que dar a luz naquele momento, e quando ela nasceu fiquei muito assustada com o tamanho, não estava a espera”, contou a mãe.

“Ontem, quando me entregaram o bebé depois de sair do berçário, fiquei muito feliz, chorei de emoção porque pela primeira vez ia dar de mamar o meu bebé, depois de 10 dias”, narrou emocionada a mãe de primeira viagem.

Neste momento, para prevenir os partos prematuros, estão em curso, na cidade de Maputo, a formação de enfermeiras e campanhas de sensibilização nas comunidades com vista a promover o planeamento familiar, as consultas pré-natais, permitindo o diagnóstico e tratamento precoce de doenças que possam surgir ao longo da gestação.

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