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Preços pressionaram menos as famílias em Janeiro

Depois de se ter situado em 5,30% em Dezembro último, o gráfico da subida generalizada de preços de bens e serviços caiu para 4,19% em Janeiro. Ou seja, os preços subiram menos no primeiro mês de 2024, quando comparado a igual período do ano passado.

De acordo com a nota de imprensa divulgada esta semana pelo Instituto Nacional de Estatísticas, a redução da inflação anual é explicada, fundamentalmente, pelo comportamento favorável dos preços dos serviços de Educação e de Saúde, comparativamente a igual período do ano anterior.

Os dados indicam que as divisões de educação e de alimentação e bebidas não alcoólicas, foram as que tiveram maior subida de preços ao variarem com 13,85%, 7,05%, respectivamente.

A subida do nível geral de preços foi registada em todos os centros de recolha, com maior destaque para a cidade de Quelimane (1,73%), seguida das cidades da Beira (1,00%), de Chimoio (0,91%), de Maputo (0,90%), da província de Inhambane (0,80%), das cidades de Nampula (0,78%), de Xai-Xai (0,55%) e de Tete (0,42%).

Comparada ao mês anterior, a variação foi de 0,93%. Nesta comparação, “as divisões de alimentação, bebidas não alcoólicas, restaurantes, hotéis, cafés, e similares foram as de maior destaque, ao contribuírem no total da variação mensal com cerca de 0,65 e 0,17 pontos percentuais (pp) positivos”.

Dos produtos que se tornaram mais caros para os consumidores, o destaque vai para a subida de preços do tomate (17,5%), de refeições completas em restaurantes (3,1%), do peixe seco (7,4%), da couve (10,3%), do açúcar castanho (9,7%), do óleo alimentar (2,5%) e da alface (17,3%).

“No entanto, alguns produtos, com destaque para o carapau (1,8%), a galinha viva (2,1%), o limão (22,0%), o peixe fresco (0,9%), as calças para homens (1,8%), os serviços de cabeleireiro para senhoras (2,1%) e os medicamentos relacionados com a nutrição (5,5%), contrariaram a tendência de subida de preços, ao contribuírem com cerca de 0,11 pp negativos no total da variação mensal”, escreve o INE.

De acordo com o regulador, a avaliação dos riscos e incertezas associados às projecções da inflação é mais favorável. Destacam-se como possíveis factores de redução da inflação o esforço da consolidação fiscal, a menor severidade dos eventos climáticos extremos e o impacto menos gravoso dos conflitos geopolíticos sobre a cadeia logística e sobre os preços das mercadorias no mercado internacional.

Recorde-se que, recentemente, o governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, avançou que, para o médio prazo, se consolidam as perspectivas de uma inflação em um dígito, a estabilidade do Metical, a previsão de queda dos preços das mercadorias no mercado internacional.

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