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Preços de bens e serviços caíram 1,2% em Junho

A inflação (subida do nível geral de preços de bens e serviços) registou, no passado mês de Junho, uma queda na ordem de 1,2 por cento em todo o país, em comparação com o mês anterior. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) foi calculado com base nos dados recolhidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) nas cidades de Maputo, Beira e Nampula.

Uma nota do INE, citada pela Agência de Informação de Moçambique (AIM), refere que a divisão de alimentação e bebidas não alcoólicas foi a que teve maior impacto na queda do nível geral de preços, tendo contribuído com 0,83 pontos percentuais (pp) negativos.

Analisando a inflação mensal por produto, destaca-se a queda dos preços de veículos automóveis ligeiros (12,6%), do tomate (17,8%), do carvão vegetal (10,5%) do amendoim (17,0%), do óleo alimentar (5,9%), da gasolina (1,5%) e da couve (16,0%).
“Estes produtos contribuíram no total da inflação mensal com cerca de 1,27pp negativos”, refere a nota.

Entretanto, o aumento dos preços de alguns produtos, com destaque para refeições em restaurantes (2,5%), peixe fresco refrigerado ou congelado (4,7%), telemóveis (7,2%), capulanas (2,5%) e sapatos para homens (7,9%) concorreu para uma contribuição de 0,42pp positivos.

No semestre anterior, Moçambique registou um aumento do nível geral de preços na ordem de 3,82%, com a divisão de restaurantes, hotéis, cafés e similares a destacar-se como principal responsável por esta tendência ao contribuir com aproximadamente 0,79pp positivos.

Desagregando a inflação acumulada por produto, destaque particular vai para o aumento dos preços do pão de trigo, do carvão vegetal, de refeições em restaurantes, da gasolina, do carapau, da cerveja e do peixe fresco refrigerado ou congelado.
Segundo o INE, estes comparticiparam com 2,68pp positivos no total da inflação acumulada.

Há que recordar que o país experimentou níveis record de inflação no ano passado, com o pico de 25.27 por cento no fim do ano, que terá sido fortemente influenciada pela depreciação acentuada do metical em relação ao dólar norte-americano, que terá saltado de uma cotação de 30 meticais por um dólar para cerca de 80 meticais a unidade da moeda americana, contribuindo para o encarecimento das importações.

Mas desde finais do ano passado, tanto a inflação, quanto as taxas de câmbio, entre outros indicadores macroeconómicos tem estado a estabilizar, sendo que o dólar já é transacionado abaixo de 60 meticais e o Banco Central espera que a inflação esteja na casa dos 14% até ao fim do presente ano.

 

 

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