O Presidente da República, Filipe Nyusi, afirmou, ontem, que o povoado de Wiriyamu, distrito de Changara, em Tete, onde ocorreu o massacre de cerca de 400 pessoas, entre mulheres, crianças e idosos, na tarde de 16 de Dezembro de 1972, pelas tropas do regime colonial português, deve ser pilar do desenvolvimento comunitário, informa AIM.
Fillipe Nyusi assim expressou-se por ocasião da homenagem aos perecidos, tanto de Wiriyamu, como dos povoados de Chawola e Juwau, na localidade de Muchenga, posto administrativo de Chioco. “Exortamos para que sejam envidados esforços para o resgate da história e façamos deste local pilar do desenvolvimento comunitário e que os mártires de Wiriyamu permaneçam sempre nos nossos corações”, sublinhou o Presidente, citado pela AIM.
Filipe Nyusi disse que o monumento requalificado erguido no povoado de Wiriyamu simboliza todos os outros massacres ocorridos em várias regiões de Moçambique, durante a luta de libertação nacional, como o de Mueda, em Cabo Delgado, Inhaminga, em Sofala, e Daque, em Tete.
Próximo ano, segundo o Presidente, será construído um centro de saúde com maternidade no povoado de Wiriyamu, o que vai aliviar a população, uma vez que os doentes percorrem mais de 25 quilómetros para a assistência clínica.
Antes do Presidente da República deixar o local, três sobreviventes do massacre de Wiriyamu fizeram depoimentos sobre de 16 de Dezembro de 1972.