O País – A verdade como notícia

Funcionários públicos mal-educados retraem investidores, diz Leonardo Simão

A má conduta dos funcionários públicos retrai os investidores no país e deve haver capacitação para contornar o problema, considera o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Leonardo Simão. Simão falava num workshop sobre o desenvolvimento da diplomacia económica no país, no qual Amélia Muendane defendeu que os diplomatas devem conhecer as prioridades do Governo e melhorar a sua credibilidade.

A Universidade Joaquim Chissano, na Cidade de Maputo, foi o local escolhido para reflectir, esta quinta-feira, sobre a “Diplomacia Económica e o seu Desenvolvimento”. A sessão juntou estudantes, professores e várias personalidades.

O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Leonardo Simão, disse que o sucesso da política de uma diplomacia económica passa por ter profissionais bem formados. “A falta desta formação e educação específicas faz com que muitos quadros mantenham condutas de indiferença”.

Essas atitudes, segundo explicou, podem levar à desistência da realização de programas que seriam benéficos para o país, “porque muitos investidores não aceitam sujeitar-se a maus-tratos por funcionários mal-educados e arrogantes”, disse.

Leonado Simão chamou as instituições públicas a adoptarem um roteiro específico, para assuntos relativos aos investimentos.

A presidente da Autoridade Tributaria de Moçambique, Amélia Muendane, apontou caminhos para o desenvolvimento da diplomacia no país. No seu entender, a chave para este desiderato passa por três pontos, nomeadamente: “Primeiro, o instrumento de negociação de diplomata que é o projecto nacional, segundo, o objectivo da diplomacia que é trazido pelas prioridades de desenvolvimento e, terceiro, são os resultados”.

Por seu turno, o antigo ministro da Indústria e Comércio, Ragendra de Sousa, falou da idoneidade que os funcionários públicos devem ter, pois entende que a imagem do país é que está em jogo. E não faltaram exemplos, “quem já teve a ousadia de emprestar dinheiro a um bêbado?”

Os intervenientes destacaram, ainda, a necessidade de o diplomata sempre ter em conta a segurança nacional no processo de atrair investidores.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos