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PR que preside a um partido: Mia espera que todos os poderes discutam com profundidade

Minutos antes do arranque da cerimónia de apresentação do seu novo romance, Mia Couto foi questionado pelos jornalistas sobre o debate referente ao Presidente da República presidir a um partido político. Segundo disseo escritor, espera que, no caso, se siga a lei de Moçambique, quer dizer, que se respeite a Constituição da República.

Para Mia Couto, se houver alguma coisa que está errada, é preciso corrigir. No entanto, sem ser conclusivo em relação à questão de o Presidente da República presidir a um partido político, referiu que, pelo menos, se trata de uma situação muito pouco comum no mundo. “Acho que, se aconteceu [o Presidente da República presidir a um partido], em Moçambique, por uma razão histórica, é preciso repensar”, recomendou o escritor.

Citando um provérbio do seu novo livro, A cegueira do rio, que diz que “a boca pode ser o teu pior inimigo”, Mia Couto disse que o que espera é que haja uma disponibilidade de todos os poderes para discutirem o assunto com profundidade. “Que não haja uma espécie de fechamento e uma defesa cega desse legado [de um Presidente da República presidir a um partido]”.

Mia Couto lançou o seu mais recente romance, A cegueira do rio, esta quinta-feira, no Centro Cultural Moçambique-China, na Cidade de Maputo.

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