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PR garante que crime organizado reduziu e desafia PRM a modernizar-se

A criminalidade organizada reduziu em mais de 600 casos nos últimos 12 meses, com destaque para os raptos, que reduziram para seis casos, com mais de 30 detidos. A informação foi avançada, esta quarta-feira, pelo Presidente da República, na abertura do Conselho Coordenador do Ministério do Interior.

Não obstante os desafios actuais da segurança pública, com destaque para os raptos que se têm registado, o chefe de Estado, que falava esta quarta-feira, em Maputo, garante que houve notáveis avanços no combate ao crime organizado de Novembro do ano passado a esta parte.

Segundo Nyusi, está registada a redução de 666 casos de diversos crimes e de 166 casos de acidentes, o que, para o estadista, ainda é pouco.
No que toca aos raptos, um dos crimes mais desafiantes da actualidade, Nyusi falou de uma redução de seis casos, frustração de três, detenção de 31 suspeitos, desmantelamento de cativeiros e resgate de duas vítimas.

“Houve também avanços no desmantelamento de 951 quadrilhas que se dedicavam a assaltos com recurso a armas de fogo, mas nós, como sociedade, não sentimos isso. A Polícia pode neutralizar mil quadrilhas, mas basta um criminoso nos fazer mal para fazermos avaliação de que a Polícia não funciona”, disse Nyusi.

Nyusi lamenta que os feitos da PRM no combate à criminalidade sejam pouco reconhecidos pela sociedade.
Apesar dos resultados encorajadores, o Presidente julga que não é tempo para cantar vitória, dada a persistência dos raptos e branqueamento de capitais, pelo que exigiu soluções modernas e aproximação da PRM às comunidades.

“Todo esse cenário nos remete à necessidade de investirmos na elevação da competência, capacidade operacional da Polícia, o que passa pelo adestramento dos recursos humanos enquanto elementos cruciais para a efectivação da missão de garantir ordem e segurança públicas. Isso passa também pelo reequipamento”, explicou.

Sobre o terrorismo em Cabo Delgado, Filipe Nyusi avançou que decorre a inscrição dos membros da Força Local para a canalização de subsídios.
O trigésimo terceiro Conselho Coordenador do MINT decorre sob o lema “Consolidando estratégias para o desenvolvimento institucional e aprimoramento da segurança interna face à criminalidade organizada com enfoque para raptos e branqueamento de capitais”.

PROCESSO DE DDR
Seiscentos e quarenta e cinco beneficiários já começaram e receber pensões, no âmbito do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração. Os dados foram divulgados pelo Presidente da República, na abertura, esta quarta-feira, em Maputo, do terceiro Conselho Coordenador do Ministério do Interior.

Filipe Nyusi disse que o processo decorre sem sobressaltos, sendo que, até ontem, se realizou, em Nampula, a inscrição de mais de 200 beneficiários do processo.

O chefe de Estado lamenta a desinformação em torno do assunto e garante abertura para qualquer esclarecimento sobre o processo de DDR.
Na mesma ocasião, o Presidente da República anotou que a criminalidade e a sinistralidade rodoviária têm estado a reduzir, devido ao aprimoramento de estratégias de todos os intervenientes das Forças de Defesa e Segurança.

Ainda assim, Filipe Nyusi exigiu mais empenho para que esta tendência prevaleça, sobretudo em relação aos crimes transfronteiriços, financiamento ao terrorismo e raptos.

O Conselho Coordenador do Ministério do Interior decorre sob o lema: “Consolidando estratégias de desenvolvimento institucional e de aprimoramento da segurança interna, face aos desafios da criminalidade organizada, com enfoque nos raptos, terrorismo, seu financiamento e branqueamento de capitais.”

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