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PR defende adopção de Plano de Acção africana para a defesa do ambiente

O Chefe de Estado moçambicano vincou o seu posicionamento, durante a sua intervenção na reunião do Conselho de Paz e Segurança da União Africana, que decorreu ontem, no formato virtual, com a presença de vários Chefes de Estado e de Governos continentais.

Durante a sua participação na reunião, presidida por Quénia, o Presidente da República, Filipe Nyusi, disse estar comprovado que as mudanças climáticas são provocadas pela exploração desenfreada dos recursos naturais, contribuindo para o contínuo avanço das economias dos países desenvolvidos, em prejuízo das economias em desenvolvimento, particularmente, as africanas.

“A título de exemplo, só no presente ano, a região austral de África, sobretudo, a República de Moçambique, já foi fustigada por três ciclones tropicais, nomeadamente, Chalane, Eloise e Guambe, que aumentaram as mortes e a destruição de infraestruturas diversas, deixadas pelos ciclones Idai e Kenneth que assolaram a região em 2019. Esses fenómenos climatéricos causaram, também, grandes danos na República do Zimbabwe, Malawi e Zâmbia”, recordou.

Por causa desta situação recorrente, Moçambique defende a adopção de um programa de acção climática da União Africana, que tome em consideração os compromissos da Declaração de Paris sobre as mudanças climáticas, conforme a convenção quadro das Nações Unidas.

Na ocasião, o estadista moçambicano recordou que Moçambique vai albergar, na região de Nacala, província de Cabo Delgado, um Centro sobre Assistência Humanitária da SADC, com objectivo essencial de “ajudar a região a fazer face aos efeitos e crises decorrentes de mudanças climáticas que tem assolado, de forma sistemática, a região”.

Apesar de destacar a importância que este centro terá, Nyusi realçou que, mais do que tudo, o mais importante é a prevenção.

A reunião do Conselho de Paz e Segurança da União Africana abordou a “Situação da Paz Sustentável em África com incidência nas mudanças climáticas e o seu impacto na Segurança Continental” e contou com a participação dos países Membros da Troika da União Africana, nomeadamente, África do Sul, Congo, Senegal e do Secretário- Geral das Nações Unidas, António Guterres.

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