Depois das enchentes registadas ontem, o que obrigou o Ministério da Saúde a prorrogar por mais um dia a data do término da segunda sub-fase de vacinação contra a COVID-19, alguns postos, na cidade de Maputo, registaram, hoje, pouca afluência.
O objectivo da prorrogação era acomodar os que ainda não haviam sido vacinados, mas nem isso foi motivo suficiente para as pessoas aderirem ao processo.
O Centro de Saúde 1º de Junho, por exemplo, um dos principais postos de vacinação no distrito KaMavota, registou pouca afluência nas primeiras horas de hoje, porém os gestores tinham esperança de mais pessoas aderirem.
Ivânia Marima, médica-chefe do distrito KaMavota, indicou que aquele posto havia vacinado, até às 11 horas de hoje, apenas 17 pessoas, das quais metade eram funcionários da empresa Aeroportos de Moçambique.
Este grupo foi, recentemente, adicionado pelo Ministério da Saúde, como forma de abranger mais pessoas que lidam com vários públicos.
Já no Hospital Geral de Mavalane, a situação era diferente. Até o final desta manhã, acima de 30 pessoas haviam sido vacinadas.
As enchentes que se registaram ontem, data prevista para o término do processo, se deveram, segundo a médica responsável pelo processo de vacinação no Hospital Geral de Mavalane, Laurinda Paulo, ao crónico hábito de as pessoas deixarem tudo para a última hora.
“Por conta da enchente, ontem acabámos por prolongar a hora de término da vacinação. Ficámos mais aliviados quando soubemos que o prazo havia sido estendido para hoje, pois só assim conseguiríamos vacinar todos”, explicou Laurinda Paulo.
Elias Maulele, educador infantil, só tomou a vacina hoje, porque “durante a semana, não tive disponibilidade, por conta do trabalho. Eu teria mesmo ficado de fora, não fosse a prorrogação determinada pelas autoridades”, desabafou.
As metas para esta fase apontam para 23 mil pessoas em todo o país. Algumas províncias, como é o caso de Cabo Delgado, Zambézia e Maputo, atingiram as metas na data prevista, isto é, sexta-feira, 18 de Junho.
