O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, foi recebido na noite desta quinta-feira num banquete na Ponta Vermelha, numa cerimónia que contou com a presença de membros do Governo moçambicano, deputados da Assembleia da República, representantes de instituições de administração da Justiça, antigos presidentes de Moçambique, diplomatas e demais personalidades.
Os primeiros momentos do jantar foram reservados a discursos. Nas duas primeiras palavras, António Costa felicitou o Executivo moçambicano pelo trabalho desenvolvido para o alcance da paz efectiva. Mas porque veio a moçambique para reforçar a cooperação, é da cooperação que falou.
“Os amigos são para as ocasiões. Foi nesta época de dificuldades que demonstramos que éramos reciprocamente bons amigos, porque quando os portugueses precisaram de uma terra onde encontrar trabalho ou onde pudessem investir, encontraram aqui em Moçambique, e quando Moçambique encontrou dificuldades, também as empresas portuguesas não saíram, resistiram”, disse Costa, que revelou ter mantido encontro com empresários portugueses em Moçambique, tendo estes manifestado confiança no futuro de Moçambique.
“A história de Moçambique e de Portugal países que para sempre terão uma relação única. Em 500 anos de história nem todos os momentos foram bons, felizes. Mas nenhum desses momentos negros foi capaz de apagar aquilo que ficou de mais profundo. E aquilo que responsabilidade enorme para a nossa geração é conseguirmos projectar para o futuro este legado que a história nos deu”, disse.
O dirigente do governo português diz que dos vários acordos fechados entre as delegações do seu país e de Moçambique o que mais que alegra é o que materializa a convenção bilateral sobre a protecção social dos dois povos.
Aconselha Costa que os dois países amigos não se limitem às relações bilaterais. Deve abrir portas para novas oportunidades de outros países.
“Temos de saber aproveitar a nova atenção que a União Europeia quer dar continente africano, para que a União Europeia saiba que aqui na africa austral residem um enorme potencial de desenvolvimento do continente”, concluiu o primeiro-ministro de Portugal.
O Chefe do Estado moçambicano, por sua vez, falou convidou Portugal a não olhar apenas para o gás como riqueza única de Moçambique, mas que deve também procurar investir em áreas como agricultura, pesca e turismo.
“Continuamos a contar com o apoio dos nossos parceiros, em particular Portugal, sobretudo no domínio do incremento dos investimentos para Moçambique”, disse o estadista Filipe Nyusi.