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Porto da Beira adopta sistema electrónico de gestão de carga

O Porto da Beira, no centro de Moçambique, vai adoptar, a partir deste ano, um sistema electrónico de gestão de carga, permitindo que os utilizadores registem as suas entradas no terminal com a devida antecedência, através da Internet, o que deverá resultar no aumento da eficiência portuária.

A tecnologia é introduzida depois da entrada em funcionamento, em Dezembro passado, do novo acesso rodoviário ao Porto, com cinco faixas de rodagem, contra uma que existia anteriormente, e ampliação da capacidade de armazenagem no Terminal de Contentores, que conta agora com uma área de três hectares.

Segundo a AIM que cita o “Notícias”, Jan de Vries, administrador-delegado da Cornelder de Moçambique, entidade gestora do Porto, espera que seja aumentada significativamente a capacidade de manuseamento do actual volume de 200 mil para 700 mil contentores por ano. O investimento realizado está próximo de 6.2 milhões de dólares norte-americanos, segundo Jan de Vries.

No prosseguimento de novos investimentos, àquele recinto ainda vai instalar no próximo ano novos sistemas de identificação e registo automático dos camiões e contentores que entram no terminal.

Tudo isto surge depois da implementação, em 2016, do sistema informatizado de gestão de contentores, denominado Navis N4. Esta plataforma informática é avaliada pelos respectivos gestores como tendo resultado em melhorias significativas na produtividade do Terminal de Contentores.

Com um intenso movimento diário, aproximadamente 700 camiões, o Porto da Beira conta com uma área reservada para 400 mil contentores por ano, sendo desafiado a aumentar a produtividade, capacidade e a segurança das operações para acomodar a demanda de tradicionais utilizadores como o Zimbabwe, Zâmbia, Malawi e República Democrática do Congo.

O Terminal de Contentores do Porto da Beira foi construído em 1992, com uma capacidade para manuseamento de 100 mil contentores por ano mas, volvidos 25 anos, manuseia volumes superiores de 200 mil contentores por ano, facto que confirma que Moçambique precisa efectivamente deste tipo de infra-estrutura.

A dragagem de emergência do canal de acesso ao Porto da Beira por uma empresa holandesa denominada Van Oord, numa operação orçada em 65 milhões de Euros, irá permitir que, até Abril próximo, navios de grande calado com 60 mil toneladas de arqueação bruta, vulgo PANAMAX, voltem escalar àquele complexo contra actuais de 30 mil toneladas.

Além disso, a conclusão igualmente prevista para Abril próximo, das obras de reabilitação e ampliação da EN6, entre o Porto da Beira e a fronteira de Machipanda, com o vizinho Zimbabwe, numa extensão total de 288 quilómetros, vai permitir que cada vez mais carga seja escoada através daquela infra-estrutura.

Vai igualmente reduzir o tempo de trânsito, tornando o Corredor de Desenvolvimento da Beira mais competitivo, atractivo e principal opção para os operadores do hinterland da África Austral.

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