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Nampula reforça compromisso contra a corrupção

O Director Provincial do Plano e Finanças de Nampula, Domingos Saimone Nacohi, participou na celebração alusiva ao Dia Internacional de Luta Contra a Corrupção, realizado sob o lema: “Unidos com a Juventude Contra a Corrupção: Moldando a Integridade do Amanhã”. Na sua intervenção, Domingos Nacohi destacou que esta data representa

Nampula reforça compromisso contra a corrupção

O Director Provincial do Plano e Finanças de Nampula, Domingos Saimone Nacohi, participou na celebração alusiva ao Dia Internacional de Luta Contra a Corrupção, realizado

ANAMOLA submeteu, esta quarta-feira, propostas legislativas à Comissão Técnica para o Diálogo Nacional Inclusivo e é o primeiro partido a tomar esta iniciativa. O documento é composto por seis projectos de lei, com destaque para a revisão da Constituição da República.

A submissão do documento, que apresenta vários aspectos que o partido considera pertinente rever,  acontece depois de sucessivos adiamentos. Entre as propostas, consta a revisão pontual da Constituição da República.

Segundo o porta-voz da ANAMOLA, Dinis Tivane, o partido pondera a revisão do sistema político, propondo um sistema semipresidencialista, tendo em conta que, neste momento, o presidente é eleito directamente e o primeiro-ministro é eleito indirectamente.

“Não é o que está a acontecer agora, em que o Presidente da República automaticamente vira chefe do Governo. Entendemos que esta é a proposta que se assenta nos ideais de que devemos ter um sistema em que a entrega de poderes é de pesos e contrapesos”, disse Dinis Tivane.

O presidente da Comissão Técnica para o Diálogo Nacional considera que a entrega do documento reflecte a abertura para várias opiniões no diálogo em curso no país. 

“Apreciamos o facto de o partido ANAMOLA estar a usar a arena própria, que é o palco próprio para colocar as suas ideias e as suas contribuições. É justamente isso que nós queríamos, era que a ANAMOLA não jogasse fora do jogo”, anota Edson Macuácua.

Num comunicado divulgado recentemente, o partido afirmava que o documento, resultado de uma consulta pública paralela, consiste em seis projectos de lei, mas especialmente na lei sobre “Crimes de Responsabilidade”, conhecida como “Impeachment”, que deve abranger o Presidente da República, o primeiro-ministro, os Presidentes dos Tribunais Administrativo e Supremo, o Procurador-Geral, o Governador do Banco de Moçambique, entre outras figuras de alto escalão do Estado.

O documento sugere também a revisão da Constituição do País, que inclui a introdução de um sistema semi-presidencial, alterações ao modelo eleitoral, reforma do sistema judicial, redefinição dos poderes dos órgãos soberanos e actualização da maioridade de 21 para 18 anos de idade.

O partido acredita que é crucial rever a lei que cria a Comissão Nacional Eleitoral (CNE), transformando este órgão numa entidade independente com novos princípios constitucionais destinados a garantir a transparência.

O partido afirma que já apresentou a proposta a várias instituições e representações diplomáticas que apoiam o processo, bem como aos Conselhos do Poder Judiciário, à Ordem dos Advogados e a outras organizações da sociedade civil.

O Presidente da República  visita desde quarta-feira a Itália, com vista a reforçar as relações económicas e culturais. No âmbito da  visita, Daniel Chapo recordou o papel da Itália para o Acordo Geral da Paz de Moçambique em 1992, e reiterou a importância da contribuição deste país, sobretudo da comunidade Sant’egidio, na assistência aos deslocados em Cabo Delgado e  para o alcance da verdadeira paz em Moçambique.

Daniel Chapo aterrou esta quarta-feira na Itália, em mais uma viagem que visa fortalecer as relações diplomáticas com o ocidente. 

Foi recebido pelo seu homólogo, Sergio Mattarella, onde na primeira interação, agradeceu o apoio da atália para o alcance da paz, durante a guerra civil, que terminou em 1992.

Uma das agendas do chefe de estado neste país europeu é o encontro já realizado com a comunidade Sant’egidio, no qual destacou o apoio na assitencia aos deslocados do terrorismo em Cabo Delgado. 

A visita do chefe do Chefe de Estado à Itália é de três dias e versa na busca de financiamento para a economia e cultura.

O Presidente da República, Daniel Chapo, diz estar preocupado com o aumento de mortes decorrentes de acidentes de viação, nas estradas nacionais. Para Daniel Chapo esta é também uma forma da violação dos direitos humanos, em que os automobilistas violam a lei perante o olhar impávido das autoridades.

Na sua mensagem alusiva à celebração do Dia Internacional dos Direitos Humanos, esta quarta-feira, dia 10 de Dezembro, o Presidente da República manifestou preocupação com o crescente número de acidentes de viação no país, que tem ceifado inúmeras vidas humanas.

Chapo, chamou o fenômeno de desvalorização da vida humana e apontou os condutores, principalmente de transporte semi-colectivo de passageiros e as autoridades que deviam fazer a fiscalização de violarem o Código de Estrada.

“As nossas estradas devem deixar de ser uma espécie de palco de leiloamento da vida humana, com a consequente destruição do futuro das nossas famílias, sobretudo em épocas como estas, de celebração das festas do Natal ou da Família e do Fim do Ano”, lê-se na mensagem de Daniel Chapo.

Ainda na sua mensagem, o Chefe de Estado, destacou que o Dia Internacional dos Direitos Humanos assinala-se num contexto em que decorre no país auscultações no âmbito do Diálogo Nacional Inclusivo, que segundo defende só está a ser possível porque os direitos dos cidadãos estão a ser respeitados e aplicados, nos termos da Constituição da República.

Falou também dos progressos que o país tem alcançado na promoção e protecção dos direitos humanos entre as quais a criação de instituições como a Comissão Nacional de Direitos Humanos e o Provedor de Justiça e reiterou o compromisso do Governo em continuar a defender esses direitos, sublinhando que o país é signatário de várias convenções internacionais e dispõe de uma carta robusta de direitos fundamentais na sua Constituição.

Chapo encorajou os cidadãos a continuarem a exercer os seus direitos através das tecnologias de informação, especialmente nas redes sociais, mas apelou a uma utilização responsável, que privilegie a verificação da informação e o respeito pela dignidade humana, afastando-se de insultos, maledicência e discursos de ódio.

O Dia Internacional dos Direitos Humanos celebra-se este ano sob o lema “Direitos Humanos: O Essencial de Cada Dia”.

O Presidente da República, Daniel Chapo, inicia uma visita de trabalho de três dias à República Italiana, inserida no quadro do reforço das relações de amizade e cooperação entre os dois países, com destaque para a dinamização da cooperação económica e o aprofundamento da parceria em áreas de interesse comum.

Durante a visita, o Chefe do Estado moçambicano manterá um encontro privado com o Presidente italiano, Sergio Mattarella, ocasião em que os dois estadistas irão passar em revista o estado das relações bilaterais e perspectivar novos domínios de cooperação.

Os Presidentes Chapo e Mattarella irão, igualmente, chefiar as conversações oficiais entre as delegações governamentais de Moçambique e Itália, centradas no reforço da cooperação política, económica, comercial, cultural e no investimento.

A agenda inclui ainda um encontro de trabalho com a Primeira-Ministra italiana, Giorgia Meloni, que permitirá aprofundar o diálogo político e explorar novas áreas de convergência estratégica.

Ainda no quadro da sua agenda, o Presidente da República irá manter encontros bilaterais com entidades empresariais italianas, visando promover oportunidades de investimento em Moçambique.

O Chefe do Estado visitará a Comunidade Sant’Egídio, instituição parceira de longa data de Moçambique nas áreas social, humanitária e de promoção da paz, para avaliar projectos em curso e identificar novas áreas de colaboração.

Está igualmente previsto que o Presidente Daniel Francisco Chapo participe num “café de negócios” com empresários italianos, encontro orientado para a troca de experiências, apresentação de oportunidades no mercado moçambicano e fortalecimento do ambiente de negócios bilateral.

Durante a visita, serão assinados instrumentos jurídicos de cooperação, com vista a reforçar o quadro legal que sustenta as relações entre os dois países e facilitar a implementação de projectos conjuntos.

O Presidente da República irá igualmente reunir-se com a comunidade moçambicana residente na Itália, para auscultar as suas preocupações, encorajar a sua participação no desenvolvimento nacional e reforçar os laços entre a diáspora e o País.

 

O Governo está na Assembleia da República,  nesta quarta-feira, para prestar informações aos Deputados, a volta de assuntos como terrorismo, combate ao crime, desafios na saúde e educação e prevenção de acidentes. No seu discurso, a Primeira-ministra, Benvinda Levi apelou a sociedade a estar vigilante e denunciar actos criminais. 

Questionada sobre a razão da permanência das tropas Ruandesas no teatro operacional norte,  a primeira-ministra diz que nenhum país é capaz de combater este tipo de agressão sozinho. Por isso, o Governo agradece o apoio das forças amigas e compromete-se a continuar com a capacitação e apetrechamento das forças. 

Benvinda Levi falou ainda da prevalência de crimes como raptos, assalto a mão armada, apelando a sociedade a estar vigilante e a denunciar actos criminais. Contudo, assegura o contínuo reforço das unidades policiais para investigar, prender e punir os criminosos. 

Levi condenou ainda o incumprimento das regras de trânsito,  que levam a acidentes graves, apelando às autoridades a ter mão dura contra os infractores, e maior atenção na circulação de transporte de passageiros fora do horário pré-estabelecido para circulação (das 5h às 21).

O jurista e antigo governante Teodato Hunguana aponta como uma das falhas da Constituição da República a ausência de uma ruptura clara na concentração de poderes na figura do Presidente da República. Por sua vez, o académico e também jurista Teodoro Waty defende a criação de uma assembleia constituinte responsável pelo estudo e melhoria profunda da lei-mãe.

A Comissão Técnica do Diálogo Nacional Inclusivo continua a auscultar especialistas sobre várias matérias e, esta terça-feira, recolheu contributos de Teodato Hunguana e Teodoro Waty no âmbito da revisão constitucional.

Teodato Hunguana, especialista em Direito, antigo governante e interveniente nas revisões constitucionais de 1990 e 2004, considera que uma das principais lacunas das primeiras redacções da Constituição foi a falta de uma ruptura efectiva na concentração dos poderes do Chefe de Estado.

“Esta é uma questão absolutamente pertinente, porquanto um dos princípios que devem orientar um processo de revisão constitucional é o de capitalizar os aspectos positivos da revisão anterior, tomando-os como dados adquiridos para os manter ou reforçar, e a partir daí avançar. O que não é expectável, e ainda menos aceitável, é fazer o contrário, isto é, eliminar esses aspectos positivos ou reduzir o seu impacto. Porém, foi isso que aconteceu em 1990, no que designamos como um passo atrás e dois à frente. Um passo atrás ao reconcentrar a chefia do Governo no Presidente da República, para depois avançar para a separação de poderes”, explicou.

Hunguana defende ainda que a revisão constitucional deve ser encarada como um processo contínuo e criticou o facto de o relatório produzido pela Comissão de Revisão Constitucional de Moçambique (CREMOD) não ter sido tornado público.

“Gostaríamos de ter acesso às conclusões do trabalho da CREMOD, pois trata-se de património do nosso conhecimento. Que eu saiba, essas conclusões não foram publicadas nem tornadas públicas. Não sei se estão guardadas em gavetas, mas deveriam contribuir para o esforço já realizado, que custou tempo, dinheiro e envolveu académicos e profissionais. Esse trabalho deve ser valorizado, pelo menos conhecido, para que possamos retirar dele os elementos úteis”, lamentou.

Por seu turno, Teodoro Waty apresentou várias propostas de reforma constitucional, destacando a necessidade da criação de uma assembleia constituinte com poderes originários.

“Esta Assembleia Constituinte teria um poder originário e seria convocada para um propósito único e específico, diferente da Assembleia da República enquanto órgão legislativo ordinário, com a missão exclusiva de elaborar, discutir e aprovar uma nova Constituição ou proceder a uma reformulação profunda da existente, estabelecendo as regras fundamentais da organização do Estado e do seu ordenamento jurídico”, explicou.

No seu entender, muitas das revisões constitucionais em Moçambique resultaram de conflitos e divergências eleitorais, razão pela qual considera fundamental começar pela reforma do sistema eleitoral.

“É necessário reflectir sobre como um sistema eleitoral bem organizado pode produzir resultados diferentes, nomeadamente a ausência de contendas eleitorais, fruto da convicção enraizada em muitos actores políticos de que o processo eleitoral deixa de ser um jogo de resultado pré-determinado, onde o árbitro acaba por ser também o marcador de penaltis e o guarda-redes”, acrescentou.

No prosseguimento do debate, foram apresentadas várias sugestões em defesa de uma revisão constitucional inclusiva. 

João Massango, presidente do Partido Ecologista, defendeu que a eventual criação de uma Assembleia Constituinte em Moçambique deve ser amplamente inclusiva e não limitada apenas aos partidos com assento parlamentar. Segundo o político, a experiência internacional demonstra que uma verdadeira Assembleia Constituinte deve ser escolhida pelo povo e integrar representantes de todos os estratos sociais, incluindo partidos extraparlamentares, sociedade civil e grupos críticos, sob pena de gerar novo descontentamento social.

Massango alertou que muitos dos problemas actuais do país têm origem nos conflitos eleitorais recorrentes desde as primeiras eleições multipartidárias. Para o dirigente partidário, a reforma profunda do sistema eleitoral deve ser uma prioridade no Diálogo Nacional Inclusivo, de modo a garantir credibilidade nos próximos pleitos e evitar novas crises políticas e sociais.

O líder ecologista acrescentou que, para além das questões político-eleitorais, o país enfrenta sérios desafios económicos, sobretudo no que respeita à inclusão da juventude. Defendeu a necessidade de um debate sério sobre um modelo económico inclusivo que permita criar oportunidades e reduzir a marginalização social, apontada como uma das principais causas das manifestações juvenis.

Por sua vez, Dinis Tivane, porta-voz do ANAMOLA, centrou a sua intervenção na crítica ao modelo constitucional vigente, considerando que Moçambique manteve, em essência, a estrutura da Constituição de 1975, particularmente no que diz respeito à concentração de poderes no Presidente da República. Para Tivane, essa concentração compromete a eficiência do Estado e está na base de várias crises institucionais vividas no país.

O dirigente defendeu a necessidade de um Parlamento mais forte e representativo, inspirado em modelos internacionais que privilegiam o equilíbrio de poderes e a justiça social. Tivane sublinhou ainda a importância do reforço do poder local e da descentralização efectiva, sustentando que o desenvolvimento e a estabilidade do país dependem de um Estado onde o poder emana verdadeiramente do povo e responde às realidades locais.

A Comissão Técnica do Diálogo Nacional Inclusivo continua a recolher ideias e contributos com vista a uma reforma profunda do Estado.

Rui Banguira 

Representante da Família

Realmente confirmo que perdemos o nosso pai, um cidadão exemplar, o Senhor Feliciano Salomão Gundana. Perdeu a vida na madrugada de hoje, depois de longos anos a lutar contra uma doença crónica. Como família a perda é muita grande. Na família como na sociedade Moçambicana em geral, foi exemplo de disciplina integridade e justiça, e o principal legado que deixa é de sermos íntegros, ele sempre realçou isto: sermos íntegros, justos.

Carlos Siliya

SG da ACLLIN

Ele sempre foi íntegro, e mesmo depois da independência esteve sempre firme na construção da nação moçambicana. Estamos firmes que os seus feitos serão levados avante no sentido de ensinar a nova geração para, com firmeza, trabalhar para independência económica que todos nós desejamos, e que Moçambique continue a ser um país forte e reconhecido no mundo

Pedro Guiliche

Porta-voz da FRELIMO

A sua morte deve representar, uma vez mais,  o rebuscar do seu legado de integridade, de patriotismo, amor à pátria, coesão social entre os moçambicanos e acima de tudo a ideia de promoção da justiça social pois são esses valores que o camarada Gundana nos deixa. Temos que pegar no seu legado e transforma em objeto de trabalho e paisagem de educação cívica à juventude

Teodoro Waty

Antigo Combatente

Recordei-me daquela pessoa serena, aquela pessoa que, apesar de nós todos sabermos que foi um dos fundadores da Frelimo, considerava-se, como qualquer um de nós, um membro simples, escutador afável e, principalmente, capaz de transmitir mensagens sem muitos alaridos, dizendo que, olha, no ano tal foi assim, provavelmente as coisas mudem, devam mudar.

Teodato Hunguana

Antigo Combatente

Ele teve um papel muito importante desde o princípio de tudo.  Creio que ele é daquele grupo que vem do UDENAMO. Mas é do grupo fundador da Frelimo. Esteve nesses processos todos, desde esses tempos remotos, e atravessou-os todos até à atualidade e estava ainda, digamos, de certo modo, no activo.

Óscar Monteiro

Antigo Combatente

Um fundador da Frelimo, um patriota e uma pessoa sempre determinada e dedicada, mas, ao mesmo tempo, uma pessoa modesta. Nunca pediu favores, nem se prevaleceu da sua qualidade de fundador da Frelimo para beneficiar disso. Eu acho que a sua descrição, a sua simplicidade, são um exemplo.  E, neste momento da sua partida, é essa lição que nós devemos reter.

O Presidente da República, Daniel Chapo, recebeu a chave da Cidade do Porto, esta terça-feira, durante o segundo dia de visita ao país europeu. O gesto, que simboliza o reconhecimento das relações entre Portugal e Moçambique, visa reforçar a cooperação das duas nações. 

“Considerando o património cultural, linguístico e afectivo que partilhamos (…) considerando todo o potencial de desenvolvimento conjunto dos dois países, considerando o apreço e respeito institucional do Município do Porto pelo Estado Moçambicano, considerando tudo isto, aproveito esta cerimónia para atribuir   a chave da cidade do porto a sua Excelência o Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo”, disse Pedro Duarte, Presidente do Município do Porto, durante a atribuição da chave da cidade a Daniel Chapo. 

O Chefe do Estado Moçambicano agradeceu o gesto, e considerou o acto como reforço aos laços de amizade entre os dois países.

“É neste quadro que olhamos para o porto como uma cidade que, extraordinariamente,  tem sido uma grande referência histórica e cultural”, concluiu. 

O Presidente da República, Daniel Chapo, manifesta o “mais profundo pesar” pela morte de Feliciano Salomão Gundana, combatente da Luta  de Libertação Nacional e um dos fundadores da Frelimo, ocorrida na madrugada  desta terça-feira, vítima de doença. 

Na sua mensagem, o Chefe do Estado exalta a grandeza e  nobreza de carácter de Feliciano Gundana, que o considera  “homem de coragem, de silêncio disciplinado e de convicções 

firmes, cuja jornada começou na génese da luta de libertação, e  se prolongou por toda a construção da nação moçambicana”. 

O Presidente da República lembra que Feliciano Gundana  ajudou a moldar os destinos da pátria não apenas na frente  libertária, mas também na arquitectura do Estado soberano que  emergiu em 1975, assumindo funções de Chefe dos Serviços de  Inteligência Militar, e liderando, “com sentido patriótico, as  Províncias de Inhambane, Nampula e Zambézia nos anos  desafiantes da consolidação nacional”. 

Na vida política, refere a mensagem presidencial, Gundana  elevou-se ao mais alto patamar da confiança partidária,  desempenhando as funções de Secretário-Geral da FRELIMO,  “num tempo em que o destino de Moçambique exigia dirigentes  de rigor, coerência e espírito de serviço”. 

Em reconhecimento pela sua “extraordinária dedicação e  exemplo de patriotismo”, o Estado moçambicano atribuiu-lhe,  em vida, o título de Herói da República de Moçambique, honra  reservada aos que entregaram a própria vida ao sonho da  liberdade colectiva. 

A Nação testemunhou igualmente, em 2024, a sua consagração  académica como Doutor Honoris Causa, em “Liberdade,  Democracia e Desenvolvimento Humano”, pela Universidade  Zambeze, acto que sublinhou a dimensão histórica e humana do  seu contributo para a paz, para a democracia e para o  desenvolvimento humano.

O Presidente da República sublinha que Moçambique curva-se  perante a memória de um dos seus filhos mais nobres, “um  patriota que atravessou todos os capítulos da nossa História,  desde a luta armada até à edificação do Estado moderno,  carregando consigo a chama da liberdade que hoje ilumina as  gerações”. 

“Hoje, Moçambique despede-se de uma consciência moral da  Pátria, de um homem cuja vida foi uma lição de serviço público,  uma escola de integridade e uma bênção de esperança para  todos nós. Os que hoje caminham em paz nesta terra devem a  sua tranquilidade a homens como Feliciano Gundana. O seu  legado não desaparecerá: ficará gravado na memória da  Nação, como luz que orienta e inspira o futuro”, afirma o Chefe  do Estado. 

Aos familiares, amigos, companheiros de luta e a todos quantos  foram tocados pela sua dedicação, o Presidente da República  endereça as mais sentidas condolências, em nome de todo o  Povo e do Governo moçambicanos, bem como em seu próprio,  “solidarizando-se neste momento de dor, mas também de  gratidão eterna”.

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