As autoridades sul-africanas confirmaram, esta terça-feira, que a onda de vandalização de viaturas de moçambicanos naquele país é retaliação à onda de roubo de viaturas, da África do Sul para Moçambique. Face ao fenómeno, as autoridades policiais aumentaram o contingente policial nas zonas críticas.
Em resultado da onda de vandalização de viaturas de moçambicanos, o Comissário Nacional da Polícia sul-africana, o General Fannie Masemola, acompanhado por oficiais superiores, deslocou-se, esta terça-feira, a KwaZulu-Natal para interagir com as comunidades onde ocorreram os episódios. Fotografias colocadas na página oficial do facebook da Polícia sul-africana mostram o encontro entre altas patentes da Polícia e comunidades locais.
Na plataforma, as autoridades policiais revelam que as populações reclamam do crescimento do sindicato de roubo de viaturas que está a aterrorizar as populações nas regiões de Umhlabuyalingana e Hlabisa, perto da fronteira com Moçambique. No encontro, o chefe da Polícia desencorajou actos de vandalismo.
“Fazer justiça com as próprias mãos incendiando viaturas só vai agravar o problema. Vamos aumentar a presença dos agentes policiais nesses locais. A curto prazo, mais de 100 agentes foram destacados para esta área desde domingo, mas a longo prazo iremos estabelecer uma unidade permanente aqui, composta pela unidade de investigação de veículos e outras unidades especializadas”, garantiu o chefe da Polícia através de um comunicado enviado à imprensa daquele país.
Ainda no encontro com a comunidade, o Comissário da Polícia sul-africana indicou que o roubo de veículos motorizados na área diminuiu e o número de casos de roubo de carros relatados está estabilizado, mas reconheceu que deve haver mais trabalho.
O “O País” sabe que as autoridades da Polícia da África do Sul e de Moçambique irão reunir-se ainda esta semana para concertar estratégias para estancar a onda de roubo de viaturas do território sul-africano para Moçambique.