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Polícia desdramatiza alegada tentativa de assassinato de Venâncio Mondlane

A Polícia da República de Moçambique (PRM), na Província de Inhambane, desdramatiza a denúncia de Venâncio Mondlane, sobre uma eventual tentativa de assassinato. A PRM diz que foi a própria CAD que solicitou a protecção policial das pessoas envolvidas nas suas passeatas. Por isso mesmo, não entende por que razão os apoiantes de Venâncio Mondlane decidiram imobilizar o agente da polícia e fazerem-se passar por vítima

No princípio da noite do último domingo, aconteceu o que era para ser mais uma passeata dos seguidores de Venâncio Mondlane, na Vila de Quissico, em Inhambane, quando a confusão começou.
Na verdade, tudo começou depois que, entre os integrantes da marcha, estava um homem que trazia uma arma do tipo pistola e que, segundo Venâncio Mondlane, pretendia invadir o seu cordão de segurança.

Venâncio Mondlane disse à imprensa que o referido homem armado empurrava e pisoteava um dos integrantes da sua segurança, que estava na parte de trás, o que chamou atenção da sua equipa. Foi num desses momentos que o homem usou a força para chegar próximo, mas foi neutralizado.

Depois da neutralização, a equipa de segurança de Venâncio Mondlane descobriu que, na verdade, o homem trazia uma arma de fogo do tipo pistola, com 15 munições no carregador.

Interrogado no momento, Venâncio Mondlane disse que o homem revelou que foi enviado para fazer a sua segurança e, nesse instante, apareceu o Comdante Distrital da PRM em Zavala, que pediu que os homens da CAD devolvessem a arma que estava nas suas mãos, mas que estes os disseram que só o fariam dentro da unidade policial.

Nesse momento, segundo ainda Venâncio Mondlane, chegou ao local o Procurador-Chefe distrital e convidou a todos que fossem até à Procuradoria Distrital da República em Zavala, para que fossem ouvidos.

Venâncio Mondlane relata que, nesse movimento, entre o comando da polícia e Procuradoria, o homem que estava com a arma colocou-se em fuga diante do olhar dos agentes da polícia.

Diante do episódio, Venâncio Mondlane diz estar convencido que se tratava de um atentado à sua vida: “Isto foi claramente uma tentativa frustrada de assassinato do candidato do povo, mas nós vamos continuar a trabalhar, não vamos nos intimidar com isso, não vamos recuar nem um milímetro”, acrescentou o candidato.

A PRM em Inhambane desdramatiza a situação e diz que foi a própria CAD que solicitou a protecção policial das pessoas envolvidas nas suas passeatas.

Nercia Bata diz que a referida solicitação de protecção foi feita através de ofícios dirigidos aos comandos distritais, por onde o candidato iria trabalhar, e foi em resposta a esse ofício que a PRM mobilizou seus operativos em diversas frentes, desde patrulhamento motorizado ou apeado, combinado com a mobilização de agentes à paisana.

Nercia Bata diz, por outro lado, que a corporação não entende por que razão os apoiantes de Venâncio Mondlane decidiram imobilizar o agente da polícia e fazer-se passar por vítima. Segundo Bata, os membros da CAD neutralizaram o agente, arrancaram a sua arma, fizeram fotos e textos e espalharam nas redes sociais, dizendo que se tratava de um atentado a Venâncio Mondlane, o que não é verdade.

O “O Pais” sabe que o referido agente, que supostamente executaria o atentado contra Venâncio Mondlane, fazia-se transportar numa viatura da mesma marca e modelo das que são usadas pela polícia.

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