Houve mais um rapto, no último sábado, na Cidade de Maputo. A vítima, raptada dentro do seu próprio estabelecimento, é um proprietário de uma farmácia. A polícia confirma o rapto e diz que tem agentes em todas as partes da cidade para neutralizar os raptores, bem como localizar o paradeiro da vítima.
O rapto aconteceu na manhã de sábado, quando, por volta das 09h45, dois cidadãos do sexo masculino, supostamente fazendo-se passar por clientes, entraram na farmácia, proprietária do raptado, tendo levado o cidadão para parte incerta.
A vítima, de 40 anos de idade e de nacionalidade libanesa, viu-se nas mãos dos meliantes sem nenhuma objecção, uma vez que para além dos primeiros dois que se fizeram ao local, outros dois também entraram e imobilizaram as restantes pessoas que estavam no interior, ameaçando-as com armas de fogo.
Os testemunhas que estavam presentes na hora do sucedido confirmaram a acção dos meliantes e dizem que os mesmos usaram de ameaça para obterem seus intentos, arrastando a vítima até ao carro.
O rapto, que ocorreu mesmo à luz do dia, foi perpetrado por quatro cidadãos, sendo que parte deles não estavam encapuzados, ou seja, não esconderam a cara, revelando, de alguma forma, que não queriam ser desconfiados.
Neste domingo, a polícia chamou a imprensa para confirmar o sucedido e fazer o ponto da situação das investigações.
“Primeiro, queríamos começar por confirmar a ocorrência do tipo legal de crime de rapto ocorrido ontem (sábado), no período da manhã”, começou por dizer Daniel Macuácua, do Departamento de Relações Públicas do Comando da Polícia da República de Moçambique.
Macuácua confirmou que “cerca das 9h45 da ontem, dia 21, nas esquinas entre as avenidas Vladimir Lenine e Marien Ngouabi, quatro indivíduos não identificados, encapuzados na altura, estes que se faziam transportar numa viatura de marca Toyota, modelo Rats, portando consigo duas armas de fogo, de tipo pistolas, teriam se deslocado e se introduzido numa farmácia denominada Avicena e, com recurso a estas duas armas, ameaçaram o proprietário desta mesma farmácia e o levaram para um lugar até então incerto”.
Com medidas imediatas, Daniel Macuácua diz que foram despachadas equipas multissectoriais para investigações. “Estes se encontram desdobrados a nível de todas as artérias da cidade de Maputo, com vista, primeiro, à identificação e naturalização dos autores, mas também com vista à localização da vítima”, confirma.
O porta-voz do Departamento de Relações Públicas do Comando da Polícia da República de Moçambique confirmou ainda que as autoridades policiais estão a trabalhar para resgatar a vítima.
“O trabalho da polícia é contínuo, aliás, a primeira actividade desta polícia é a prevenção, que os ilícitos criminais tenham lugar, mas que quando estes mesmos ilícitos têm lugar e acontecem, o que acontece seguidamente é, com afinco, desencadear essa diligência no sentido de esclarecer estes factos”, disse Macuácua, acrescentando que “à semelhança disso é o caso do tipo legal de crime de rapto que teve lugar ontem, que as equipas estão todas despachadas e que trabalham visando o seu esclarecimento”.
Sabe-se que no acto do rapto não foram efectuados disparos e não houve registo de vítimas mortais ou de feridos.