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Pinturas em praças públicas em Pemba podem não ter sido autorizadas pelo Governo

Foto: O País

A ministra da Cultura e Turismo desconhece as pinturas nas praças públicas em Pemba, que têm gerado discórdia no seio dos munícipes. Eldevina Materula explica que há instrumentos legais que orientam o tipo de pintura a ser feito em cada lugar.

São pinturas coloridas, com os símbolos e cores da bandeira nacional, dispostas em praças e locais públicos, como a Praça dos Heróis, que dividem opiniões dos munícipes de Pemba. Noutros casos, há desenho de homens com armas em punho, casas em chamas, imagens que, segundo os munícipes, não condizem com os espaços.

Há quem defenda que as praças, para quem não conhece o local, podem ser confundidas com barracas de venda de álcool ou até jardins-de-infância.

Sobre as armas e outros materiais bélicos, os cidadãos daquela urbe dizem que só servem para afirmar o ambiente de violência que se vive na província e ridicularizam o Estado.

Confrontada pela nossa equipa, esta quarta-feira, a ministra da Cultura e Turismo, Eldevina Materula, afirmou não ter informação alguma sobre tais pinturas, porém diz que há regras para pintar qualquer que seja a infra-estrutura pública.

“Há, sim, instrumentos que nos orientam sobre qual e quem autoriza onde é que se deve pintar. Eu dou exemplo daquilo que está a acontecer na baixa da Cidade de Maputo, onde houve contacto e pré-autorização do Município, que, em contacto com o Ministério da Cultura, houve autorização do trabalho”, defendeu a governante.

Materula explicou ainda que procedimentos semelhantes têm acontecido um pouco por todo o país: “estamos a falar de Nampula, Quelimane, inclusive em Cabo Delgado, algumas das pinturas de que está a falar foram previamente autorizadas pelo Governo e, provavelmente, estas em específico, que desconheço, não foram autorizadas”.

O jornal O País sabe que tais praças estão a ser geridas pelo Município de Pemba, entidade de quem aguardamos reacção.

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